Militar líbio, Muhammar Khadaffi nasceu em 1942, na Líbia. Filho de um beduíno, o seu nascimento aconteceu numa tenda no deserto líbio. Muçulmano devoto e nacionalista árabe, cedo começou a planear uma estratégia que conduzisse à queda da monarquia na Líbia. Licenciou-se pela Academia Militar em 1965 e continuou a planear o golpe com a ajuda de militares. Em 1969, com o posto de capitão, Khadaffi depôs o rei Idris. Foi nomeado comandante-chefe das Forças Armadas e presidente do novo corpo governativo da Líbia.
A sua orientação política nacionalista, dentro do chamado socialismo islâmico, depressa se deu a conhecer. Em 1970, Khadaffi fechou as bases militares norte-americanas e britânicas existentes no país e expulsou as comunidades judaicas. Em 1973 nacionalizou as companhias estrangeiras de petróleo que estavam sediadas na Líbia. À luz dos princípios islâmicos, declarou ilegais as bebidas alcoólicas e os jogos de azar. A repressão dos opositores foi feita implacavelmente.
Na ordem externa, Khadaffi tornou-se uma das personalidades mais problemáticas do nosso tempo. O seu Governo esteve implicado em vários golpes de estado fracassados no Egipto e no Sudão, e as suas tropas intervieram na longa guerra civil do Chade. Por outro lado, financiou grupos extremistas em diversos países, que se encarregaram de desencadear operações de terrorismo no Ocidente, em especial contra os Estados Unidos da América.
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