quinta-feira, maio 31, 2007

63 - O Povo é Sereno

"Greve Geral"
O Governo afirmou hoje que a adesão à greve geral ficou-se pelos 13,77 por cento nos organismos tutelados pelo Estado, enquanto no sector privado menos de cinco por cento dos trabalhadores terão feito greve.
30.05.2007 - 22h53 Lusa
A "contenção salarial"
Ao mesmo tempo que, segundo números da Comissão Europeia, o poder de compra dos trabalhadores portugueses registou, em 2006, a maior descida dos últimos 22 anos, a CMVM anunciou que, entre 2000 e 2005, os vencimentos dos administradores das empresas cotadas em bolsa duplicaram (e nas empresas do PSI 20 mais que triplicaram!). Isto é, enquanto pagam aos seus trabalhadores dos mais baixos salários da Europa a 25 (e todos os dias reclamam, sob a batuta do governador do Banco de Portugal, por "contenção salarial" e "flexibilidade"), esses administradores duplicam, ou mais que triplicam, os próprios vencimentos, vampirizando os accionistas e metendo ao bolso qualquer coisa como 23,9% (!) dos lucros das empresas. Recorde-se que o Estado é accionista maioritário ou de referência em muitas dessas empresas, como a GALP, a EDP, a AdP, a REN ou a PT, cujas administrações albergam "boys" e "girls" vindos directamente da política partidária (cada um atribuindo-se a si mesmo, em média, 3,5 milhões de euros por ano!). Se isto não é um ultraje, talvez os governos que elegemos (e o actual é, presumivelmente, socialista) nos possam explicar o que é um ultraje. O mais certo, porém, é que se calem e continuem a pedir "sacrifícios" aos portugueses. A que portugueses?

Manuel Pina, Jornal de Notícias, 10 Maio 2007 http://jn.sapo.pt/2007/05/10/ultima/a_contencaosalarial.html

terça-feira, maio 29, 2007

61 - Darfur

Travar o genocídio no Darfur
EUA anunciam novas sanções económicas contra o Sudão

Os Estados Unidos decidiram renovar as sanções económicas ao Sudão. Quer ao governo, quer às empresas. O Presidente norte-americano, George W. Bush, diz que pretende, desta forma, travar o genocídio em marcha no Darfur. O território vive hoje a pior crise humanitária de todo o planeta: centenas de pessoas morrem todos os dias, vítimas da fome e da doença.

Até que enfim que tenho motivo para felicitar a administração Bush!

60 - Justiça

STJ esclarece acórdão sobre abuso sexual de menores

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) esclareceu esta terça-feira que o acórdão que reduziu a condenação num crime de abuso sexual de menores teve em conta «valores subjacentes à protecção penal, designadamente a idade e desenvolvimento do menor».

Não querendo “meter a foice em seara alheia”, nem pôr minimamente em causa o acórdão do STJ, fica a sensação de que por vezes a justiça “tem razões que a razão desconhece”.

59 - O "Lado Bom da Força"

Comissão de Protecção de Dados proíbe divulgação de listagem de grevistas

A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) decidiu esta segunda-feira "proibir qualquer tratamento autónomo de dados pessoais, relativos aos trabalhadores aderentes a greves, por considerar ser um procedimento discriminatório".

Mais um revés para o “Lado Negro da Força”.
Que a “Força” continue com a CNPD.

segunda-feira, maio 28, 2007

58 - Exemplo Nipónico

Ministro da Agricultura japonês suicidou-se após escândalo financeiro

O ministro japonês da Agricultura, Toshikatsu Matsuoka, enforcou-se no seu apartamento de Tóquio, após ter sido envolvido num escândalo financeiro, avança a agência de notícias Kyodo.
Publico.pt 28.05.2007 - 12h43

Mas que grandes “totós”, estes políticos japoneses!

sexta-feira, maio 25, 2007

57 - Todos Iguais Todos Diferentes

Militares dizem que são discriminados em missões no estrangeiro

Os oficiais queixam-se de que os funcionários do Ministério das Finanças em missões de cooperação exteriores passarão a ter regalias superiores aos militares. E vão queixar-se ao ministro.
A associação que representa os oficiais dos três ramos das Forças Armadas diz que os militares estão a ser discriminados – e vai queixar-se ao Ministério da Defesa.
Em causa está o novo regime remuneratório e de condições de trabalho em acções de cooperação técnica no estrangeiro dos elementos do Ministério das Finanças e da Administração Pública, que é superior ao, dos militares.
"O problema não são eles.
Eles estão bem, nós é que estamos mal", diz o presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA), coronel Alpedrinha Pires. "O nosso sistema discrimina-nos em relação ao que está a ser implantado", afirma ao 24horas.
Como tal, vão expor a situação ao ministro Nuno Severiano Teixeira para "ponderar, de imediato, a reposição da equidade". "É uma falta de atenção do Governo para com os militares que é preocupante", explica Alpedrinha Pires. "Só temos ficado iguais no que respeita a perder direitos. Tem havido uma degradação do estatuto social dos militares", afirma.
Os militares vão também pedir ao Governo que exista um regulamento global para as missões no estrangeiro. "Vamos propor ao Governo um estatuto global para as missões no estrangeiro que integre todos os corpos do Estado", revela o presidente da AOFA.
De acordo com a associação, os militares são discriminados em relação aos subsídios de missão, viagens, seguros, transportes no local da missão e apoio à família em comparação com os elementos do Ministério das Finanças e Administração Pública. Aliás, ainda segundo a AOFA, os militares em missão no estrangeiro têm recebido o suplemento de missão com um atraso médio de três meses.

O que os militares dizem perder.

Subsídio de Missão:
Militares – Suplemento com valor entre 65 e 70% do valor de ajudas de custo no estrangeiro (entre 1900 e 3000 euros mensais).
Funcionários do Ministério das Finanças – Ajudas de custo no estrangeiro, mais 60 a 80 euros por dia para missões de curta duração (menos de 90 dias). Subsídio complementar entre 3000 e 4000 euros mais 500 euros de subsídio de embarque para missões de longa duração.
Viagens:
Militares -Viagem de ida e volta no início e fim de missão.
Funcionários do MF – Viagem de ida e volta no início e fim de missão e de ida e volta por cada 6 meses de actividade para períodos iguais e superiores a 11 meses.
Apoio à família:
Militares – Não têm.
Funcionários do MF – Pagamento de viagens ida e volta aos familiares, no início e fim de missão superior a um ano.
in 24 Horas
24 de Maio de 2007
E qual a dúvida? O militar existe para executar as ordens (até com o sacrifício da própria vida) emanadas pelo poder político e contentar-se com o que o Estado lhe puder pagar.
E não refila!

quarta-feira, maio 23, 2007

56 - O Seixal segundo Mário Lino


“Na Margem Sul não há cidades, não há gente, não há hospitais, nem hotéis nem comércio”, discursou o governante
Nem sei o que dizer disto!

55 - Miséria




Violência doméstica matou 39 mulheres

O relatório da Amnistia Internacional (AI) de 2007 conclui que a violência doméstica matou pelo menos 39 mulheres em Portugal no ano passado. A AI refere que a "falta de denúncia prejudicou a aplicação da justiça em casos individuais", tal como sucedeu com os "esforços para combater a violência doméstica na sociedade.

Estamos a falar de Portugal, um país desenvolvido.


segunda-feira, maio 21, 2007

53 - The Dark Side

Professor de Inglês suspenso de funções por ter comentado licenciatura de Sócrates

Um professor de Inglês, que trabalhava há quase 20 anos na Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), foi suspenso de funções por ter feito um comentário – que a directora regional, Margarida Moreira, apelida de insulto – à licenciatura do primeiro-ministro, José Sócrates.

O “Lado Negro da Força” anda por aí!

quinta-feira, maio 17, 2007

52 - Sucesso Científico Nacional - Graduated Abroad, of Course

Investigadoras portuguesas esclarecem mistério biológico com mais de um século

Quase todas as células humanas têm uma espécie de torre de controlo, como nos aeroportos. Pouco antes de se dividirem, têm de fazer uma segunda torre de controlo para a nova célula. Até agora, pensava-se que a torre velha tinha de servir de molde para a nova. A equipa de Mónica Bettencourt Dias, do Instituto Gulbenkian de Ciências, em Oeiras, descobriu que, afinal, essa construção faz-se a partir do nada — um avanço científico a publicar amanhã na revista “Science”, que pode dar pistas sobre o cancro e a infertilidade masculina.
Público 17.05.2007 – 19h18 Teresa Firmino


Sucesso igualmente para a Fundação Calouste Gulbenkian, que está a recrutar excelentes cientistas portugueses, apesar de se terem formado no estrangeiro!


Mónica Bettencourt Dias – University of Cambridge
http://www.gen.cam.ac.uk/Research/Glover/members/dias.html

51 - Virtual Realidade

Excerto de uma prova de acesso ao curso de 1.º Ministro

quarta-feira, maio 16, 2007

50 - Real Virtualidade


49 - Realidade Virtual? - No tempo em que havia SMO (Serviço Militar Obrigatório)

De entre as centenas de cartas que chegam, todos os meses, à mesa do Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas, aqui estão algumas das consideradas mais caricatas.

"Exmo. Sr.
Vimos por este meio solicitar a dispensa do nosso filho Joel do cumprimento do Serviço Militar Obrigatório, visto que este se vai casar no mês que vem com um amigo de infância de nome André, numa cerimónia a realizar em Estocolmo, visto que a lei do nosso país ainda não autoriza os casamentos homossexuais. Estamos muito orgulhosos e felizes pelo nosso menino e aproveitamos, desde já, para convidar sua excelência para o copo de água a realizar após o casamento no restaurante do Centro de Convívio Cultural e Desportivo de Manteigas."

"Exmo. Sr.
O meu nome é Carlos Sampaio, tenho 20 anos e fui convocado para apresentação no Quartel de Santarém no próximo dia 14 para início do cumprimento do Serviço Militar Obrigatório. Lamento informar que tal não será possível, pois encontro-me presentemente a exercer as funções de Presidente da República do estado insular de Kiribati, no Oceano Pacífico.
Mal acabe o meu mandato, irei, imediatamente para Santarém para cumprir com as minhas obrigações militares. Aguardo resposta."

"Exmo. Sr.
Com o maior respeito, sugiro-lhe que vá trabalhar, que é o mesmo que eu faço para sustentar a minha mãe (viúva e desempregada) e o meu irmão menor de idade.”

"Exmo. Sr.
Lamento informar que não poderei cumprir o Serviço Militar Obrigatório porque sou um espião extraterrestre do planeta Zkylon, galáxia de Moombatha VIII, enviado à Terra para avaliar qual a capacidade de resistência dos terrestres a uma possível invasão. Como é óbvio, se fizesse parte de um dos vossos exércitos, ficaria a par de quase todos os pormenores e isso não seria muito justo. Sou um desportista e gosto de dar hipótese aos meus adversários."

"Exmo. Sr.
Fui convocado para cumprir o Serviço Militar Obrigatório, o que muito me apraz. Escrevo-lhe esta carta para comunicar que sou analfabeto e ouvi dizer que as Forças Armadas não querem analfabetos nas suas fileiras. Aguardo resposta."

"Exmo. Sr.,
Lamento informar que não poderei cumprir o Serviço Militar Obrigatório pois sou completamente louco. Atenciosamente, AAAAAAAAAAARGGGHHH!!!!"

"Exmo. Sr.,
Li recentemente num Edital afixado na Junta de Freguesia de Corroios que estou convocado para cumprimento do Serviço Militar Obrigatório.
Infelizmente, não poderei deslocar-me ao Quartel de Elvas no próximo dia 27 de Julho, pois encontro-me a residir numa montanha no interior de Papua-Nova Guiné."

"Exmo. Sr.
É com profundo pesar que comunico a minha indisponibilidade para o cumprimento do Serviço Militar Obrigatório visto que faleci há três meses e encontro-me em adiantado estado de decomposição. Creio que a minha companhia não seria apreciada pelos meus camaradas."

Exmo. Sr.,
Venho por este meio transmitir-lhe que não poderei cumprir o Serviço Militar Obrigatório porque não me apetece e porque tenho mais que fazer."

terça-feira, maio 15, 2007

48 - Organização Europeia das Associações Militares

Organização Europeia de Militares critica Governo português

Os soldados portugueses estão insatisfeitos com o Governo português e queixam-se de falta de «diálogo social», segundo um comunicado emitido hoje pela Euromil, a Organização Europeia de Associações Militares, com sede em Bruxelas.
«Direitos dos Soldados Portugueses abaixo dos padrões europeus», titula o documento, que acrescenta «soldados europeus protestam por os direitos dos seus camaradas portugueses serem ainda mais afectados por uma nova proposta legislativa do Governo».
DD/Lusa 11-05-07

segunda-feira, maio 14, 2007

47 - "Este é o país"

Este é o país onde o primeiro-ministro é acusado pelo maior partido da oposição de ter um projecto de poder pessoal. Este é o país onde a direita, com o seu espaço político ocupado pelos socialistas, no caso do Continente, ou pelo populismo de Alberto João Jardim, no caso da Madeira, faz um discurso insurrecto. Este é um país onde a capital Lisboa está paralisada há praticamente um ano, refém de tacticismos tanto à esquerda como à direita. Este é o país onde se vão fazer duas eleições para a capital no prazo de dois anos, como se a lei eleitoral funcionasse mais como empecilho do que como uma forma de melhor regular a gestão das câmaras. Este é um país onde as OPAs hostis têm uma morte lenta mas segura, como se o mercado não funcionasse e fosse preciso fazer um requerimento administrativo para as lançar. Este é o país que tem um dos partidos comunistas mais fortes da Europa mas que parece agachado perante Sócrates. Este é um país com três canais de televisão generalistas, com um deles na posse do Estado, ou seja debaixo da tutela do PS, e outro nas mãos do grupo socialista Prisa, dirigido pelo socialista Pina Moura. Este é um país onde muitas elites se deleitam com Espanha e só tem olhos para um futuro ibérico, sob a batuta de Madrid. Este é um país onde estão a ser sacrificados direitos e liberdades a bem do equilíbrio financeiro e do crescimento económico, ou seja a bem da Nação, como dizia Salazar. Este é um país que tem sindicalistas reformados compulsivamente por delito de opinião. Este é um país com os nervos à flor da pele, onde uns odeiam Sócrates e outros o idolatram, admirando a tortura que ele faz da Função Pública. Este é o país onde um primeiro-ministro telefona seis vezes para um jornal para impedir a publicação de uma notícia. Este é um país onde os assessores se sentem cada vez mais senhores das consciências dos jornalistas. Este é o país onde a independência do Ministério Público e do poder judicial estão ameaçados. Este é o país que a pretexto do combate ao "jornalismo de sargeta" quer atacar a liberdade de imprensa. Este é o país que vai investigar a licenciatura do engenheiro Sócrates...
A ver vamos.

in Semanário
Segunda-Feira, 14 de Maio de 2007

E, acrescento eu, este é o país que castiga militares por exigirem o cumprimento da Lei e o país que tem um “Processo Casa Pia”, cujo desfecho nunca mais se vislumbra quiçá por estar implicada grande parte da classe política dominante durante vários anos, onde até o nome do actual Presidente da Assembleia da República já foi proferido.

quarta-feira, maio 09, 2007

46 - Afinal somos grandes!


Portugal vai controlar espaço aéreo da Estónia, Letónia e Lituânia


Estes países fazem parte da NATO mas não têm meios de defesa.
SIC Online - 09-05-07

quarta-feira, maio 02, 2007

45 - LEGO


44 - Sociedades - civil e militar

É estranho verificar que a sociedade lusa não valoriza o papel dos seus militares. Tanto mais que, na última década, a estrutura sofreu um notável processo de internacionalização, assumindo várias missões em todo o mundo.
Quando conversamos sobre o que o país tem de melhor, sobre aquilo que um número cada vez maior de mulheres, homens e empresas faz bem, falamos de quê? Numa série de colunas essenciais para um país cujos passatempos favoritos parecem ser duvidar de si e dizer mal de tudo e de todos, Nicolau Santos tem neste semanário vindo a chamar a atenção para o papel inovador de uma série de empresas portuguesas em sectores extremamente competitivos a nível internacional - vestuário, -software-, «design», têxteis, engenharia de moldes, cortiça, calçado, telemóveis, soluções tecnológicas para empresas globais, vinhos, medicina regenerativa, centros comerciais, louças de porcelana, construção de caiaques e energias alternativas.
E de que é que não falamos? Acima de tudo não falamos de alguns sectores das Forças Armadas. Esta omissão é estranha. E é também o resultado de uma série de acontecimentos que já está a ter fortes consequências na maneira como a maioria da sociedade olha para os seus militares. Começando pelo primeiro ponto. Tal como muitas das empresas mais inovadoras do país, as Forças Armadas conheceram um fortíssimo processo de internacionalização nos últimos dez anos. Durante esses anos, milhares de militares portugueses participaram em inúmeras missões, algumas delas bastante difíceis, na Europa, África, Médio-Oriente e Ásia. O treino, preparação e execução destas missões tem vindo a ter um enorme impacto numas Forças Armadas cuja principal missão hoje em dia é cada vez mais ajudar Portugal a exportar segurança. Tal como as empresas referidas por Nicolau Santos, algumas unidades extremamente coesas e com grande espírito de corpo das nossas Forças Armadas têm provado ser muito competentes nesta difícil e ingrata actividade. No ano passado, a competência e a ambição política levaram Portugal a acompanhar os seus aliados europeus no envio e no substancial reforço de contingentes militares em dois países com uma enorme história de violência – Líbano e Afeganistão.
Por que é que esquecemos isto? Acima de tudo porque, apesar de toda a retórica, a maioria dos decisores políticos e da nossa sociedade não está realmente interessada em prestigiar a instituição militar. As elites nacionais tendem a não ter o melhor interesse por questões militares e olham para as Forças Armadas com suspeita e incompreensão. O resultado? Um país que acabou de assumir importantes compromissos militares em zonas instáveis e violentas, que precisa de discutir importantes e complexas questões estratégicas mas que está cada vez mais longe das suas Forças Armadas. Um país, finalmente, que parece acreditar que a guerra e a violência foram abolidas pela história e pela economia e que acha que o destino das Forças Armadas é ser uma espécie de Cruz Vermelha ou de escuteiros mais ou menos musculados.
Como Geoffrey Wheatcroft relembrou no ‘International Herald Tribune’ do dia 16 («Shifting the Burden of War»), nós não estamos sós. O distanciamento das elites inglesa e norte-americana em relação aos seus militares é também cada vez maior. Os governos e os parlamentos dos países da riquíssima e próspera área euro-atlântica, que pedem cada vez mais aos seus militares, estão cheios de pessoas sem experiência militar e sem filhas e filhos nas Forças Armadas. No meio disto, muitos militares continuam a lidar com questões de vida e de morte. Temos vindo a esquecer isto. Mais tarde ou mais cedo, o preço a pagar pelo nosso desinteresse e esquecimento será muito elevado.

Miguel Monjardino, in Expresso, 28 de Abril de 2007

terça-feira, maio 01, 2007

43 - 1.º de Maio

Wal-Mart é acusada de violar leis trabalhistas nos Estados Unidos

(…) O grupo utiliza várias estratégias consideradas ilegais para criar um clima de medo entre os cerca de 1,3 milhões de trabalhadores que emprega nos Estados Unidos. O estudo da Human Rights Watch foi baseado em entrevistas com 41 trabalhadores do grupo Wal-Mart, gerentes, advogados trabalhistas e líderes sindicais, entre 2004 e 2007. A ONG também informou que analisou vários casos contra a Wal-Mart, relacionados com violações de leis trabalhistas norte-americanas.

E depois temos a China, mas aí não se trata de Direito Laboral, trata-se de Direitos Humanos!

42 - Ironia - Não se percebe!

Não se percebe a razão do encerramento da Universidade Independente!

É que, como se "demonstrou", está muito mais à frente que qualquer outra universidade.
Vejamos:
Está aberta nas férias do Verão;
Passa diplomas aos Domingos;
Aceita candidatos sem documentação comprovativa das habilitações, confiando na boa fé dos candidatos (princípio humanista);
Maximiza a potencialidade científica dos seus docentes, ao colocá-los a reger 4 cadeiras (ao mesmo tempo que o regente é assessor no mesmo Governo onde um dos alunos é Secretário de Estado);
Permite que uma mesma pessoa, num só ano, faça duas licenciaturas;
Convida os seus antigos alunos, que nunca conheceram, a ir dar aulas para lá;
Estabelece planos de curso pessoais "ad-hoc", sem os documentar, obviamente para poupar nos custos do papel e impressão;
Possibilita a apresentação de teses finais sem que as mesmas fiquem guardadas no arquivo a ocupar espaço e recursos;
Forma alunos que, no futuro, ascendem a primeiros-ministros.
Como justificar o encerramento de uma universidade assim, cujo mal é, pelos vistos, confiar nas pessoas, poupar nos custos e maximizar os seus recursos?
Não se percebe ou até se percebe muito bem a razão que motiva o encerramento da UNI?
Texto enviado por correio electrónico.