sexta-feira, agosto 31, 2007

"O Triunfo dos Porcos!"

O BCP valorizou 4,66 mil milhões de euros durante o mandato de Paulo Teixeira Pinto à frente do conselho de administração do banco, que termina hoje, a sete meses da assembleia-geral onde serão eleitos novos órgãos sociais.

É a vitória da mentalidade mesquinha e antiga, moldada no Estado Novo, que pratica uma gestão empresarial do tipo ditatorial, não transparente, discriminatório (quanto ao sexo, crença, etnia), que tudo quer controlar sem ter de prestar contas aos accionistas.
Pelo contrário, Paulo Teixeira Pinto impôs uma gestão moderna, transparente, as acções subiram de valor e propôs uma descida no vencimento milionário dos administradores.
Vencem os detentores do poder do costume e adeptos do imobilismo.
É o "Triunfo dos Porcos"!

quinta-feira, agosto 30, 2007

1925 ou 2007?


“Sr. Ministro: - Impõe-me a minha graduação o dever de dirigir a V. Ex.ª algumas palavras em nome dos oficiais aqui presentes e se presume representarem todo o Exército.
Não tendo, porém, conversado previamente com eles, eu desconheço o que eles pensam acerca desta convocação que a repartição do gabinete se não esquece de fazer sempre que um novo ministro toma posse do cargo e que pela sua frequência e imposição não tem outro significado mais que o simples cumprimento duma ordem banal.
Creio bem que, por isso mesmo, deve V. Ex.ª, que sempre tem sido um soldado, sentir como todos nós a inutilidade e até mesmo o ridículo de uma cerimónia que só se justificaria, pelo entusiasmo suscitado após um alto feito militar, mas que em circunstâncias normais tão vexatória é para V. Ex.ª como para nós.
V. Ex.ª, que não é a primeira vez que exerce o cargo de ministro da Guerra, deve saber do miserável estado do Exército, desprovido de organização, desprovido de instrução, desprovido de material, absolutamente incapaz de oferecer uma resistência séria.
V. Ex.ª deve conhecer como nós a impossibilidade de mobilização imediata de uma simples divisão e da carência de armas, munições, cavalos, viaturas, etc. Deve V. Ex.ª conhecer a desorganização dos diversos serviços militares e o desleixo que para aí vai.
Não me proponho detalhar agora toda a nossa miséria; mas, convém acentuar que não a desconhecem as nações que têm representantes em Lisboa, representantes que não são cegos nem tolos e têm por dever informar-se para saber informar os seus governos. Para lamentar é que sejamos nós, os que do Exército fazemos parte, quem menos conhece a verdadeira situação militar de Portugal, devido à norma das repartições superiores que envolvem tudo num véu de mistério, a coberto do qual nada fazem e gozam duma reputação nebulosa de saber e austeridade.
Não há muito que achando-me à testa da 4ª Divisão do Exército e querendo inteirar-me do problema da defesa do território que comandava, eu pedi à estação competente para me confiar o plano de mobilização e defesa para o estudar: responderam-me que os planos de defesa eram secretos e portanto me não podiam ser enviados!
Pasmei, e considerei esta resposta tão ridícula que preferi crer que não passava de uma simples forma de encobrir a ausência de qualquer plano; e até hoje continuo com a mesma convicção.
Cito apenas este caso, entre muitos outros assaz curiosos, para demonstrar a V. Ex.ª a necessidade de alterar todo este estado de coisas, introduzindo uma reforma radical nos usos e costumes do Exército, por forma a acabar com a mentira que nele reina e faz a fortuna a muita gente. E é destas e doutras causas análogas que vem a indisciplina provocada pelos de cima também com as suas faltas de tacto, de saber e de critério e, sobretudo, pela sua ausência de espírito militar. Escuso de acentuar a necessidade de preparação, pois hoje com a complicada ciência que é a guerra, não se improvisam exércitos e quem os não possuir bem preparados e organizados desde o tempo de paz será irremediavelmente batido ao entrar nela.
Poderá parecer estranho que tendo nós recebido ordem para apresentar cumprimentos a V. Ex.ª, cumprimentos que a tradição impôs como afirmação da passividade imbecil e conformação com o estado de inércia mental a que nos têm reduzido, eu quebre essa norma chamando a atenção de V. Ex.ª para a falta de preparação militar do País; mas, senhor ministro, eu entendo que o meu dever como soldado, que me orgulho de ser, consiste precisamente em dizer o que penso, para que ao derrocar-se esta nacionalidade se não diga que tendo uma oportunidade de chamar a atenção do Governo para a miséria militar da Nação eu a deixei escapar por comodismo ou cobardia. Fazendo justiça às qualidades militares de V. Ex.ª, a quem conheço há cerca de 30 anos, desde que servimos sob as ordens desse grande soldado chamado Mouzinho de Albuquerque, que teve a coragem de se meter na sepultura quando começou a derrocada que conheceu e não pôde suster, fazendo justiça a V. Ex.ª, repito, eu convenço-me de que V. Ex.ª saberá preparar o Exército por forma a que ele ocupe o lugar de honra que na nacionalidade lhe pertence, e sirva efectivamente para a defesa da Pátria.
Aljubarrota, Exmº. Sr., não é um facto isolado na História de Portugal e pode repetir-se sempre que haja um Governo consciente da sua missão e saiba pôr acima dos interesses particulares o interesse nacional e não faça da cobardia uma virtude cívica.
Organize V. Ex.ª, como é seu dever, os serviços militares, influa, como é também seu dever, para que o Governo de que faz parte ponha em ordem a administração civil e financeira, cortando as cabeças a todos os chefes das quadrilhas que com a maior desvergonha e impunidade andam há anos a esta parte comprometendo a honra da Nação, e pode V. Ex.ª estar certo que todo o Exército o apoiará entusiasticamente nesse trabalho.
Tem V. Ex.ª o coração colocado bem no seu lugar e de forma a poder encarregar-se dum tal papel?
É o que resta ver”.


Discurso do General Gomes da Costa na tomada de posse do novo Ministro da Guerra (Gen. Vieira da Rocha), no Terreiro do Paço, Lisboa em 15 de Agosto de 1925.

Militares


Os militares portugueses estão por 10 réis de mel coado, os cuidados de saúde e de segurança social que lhes são devidos custam uns trocos, e o melhor que se espera é que venham a ser equiparados a funcionários públicos, o que, para quem trabalha em disponibilidade total e pode dar a vida pela Pátria, é, naturalmente, um desprimor. Houve um tempo em que, para não cometer mais injustiças, o Estado pensou equiparar as contrapartidas que oferece aos oficiais militares, aos diplomatas, aos juízes e aos professores universitários. Mas depressa os militares ficaram para trás e ninguém foi capaz de acompanhar a passada dos juízes, que, a tratarem da vidinha, são um “vê se te avias”.Resultado: quando a política externa assenta mais no esforço militar, os nossos oficiais, sargentos e praças são tratados abaixo de cão e só um distinto oficial e cavalheiro parece ter voz e memória em Portugal. Chama-se Loureiro dos Santos. O resto foi para as termas, tratar do reumático, ou está a almoçar na Associação 25 de Abril…

Joaquim Letria, 24 Horas, 07/25/07, p. 28

quarta-feira, agosto 29, 2007

Contrastes

Torneio US Open
Maria Sharapova joga com 600 cristais ao peito
Expresso 15:08 quarta-feira, 29 AGO 07

Mais Repressão!

Entretanto mais uma punição para um Sargento da Marinha Portuguesa.

O Sargento-ajudante Caetano inicia amanhã um castigo de cinco (5) dias de detenção.
Delito: passear uniformizado no Rossio.

Estes “bandidos” a andar fardados na rua é que são um perigo para a Nação e para a ordem pública e não aqueles que matam pessoas à porta de discotecas, que violam criancinhas, que desviam verbas do erário nacional, os que corrompem o sistema desportivo português, os que…etc.

A Bem dos que Detêm o "Poder" da Nação!

A Bem da Nação!

Diploma regressa ao Parlamento
Presidente veta decreto que aprova orgânica da GNR
29.08.2007 - 15h54 PUBLICO.PT

O Governo quis aumentar o n.º de oficiais generais e a sua graduação no comando da GNR. Esse modelo não existe em nenhum país da EU. O Presidente vetou o decreto.

Qual a intenção do Governo? Não sei, mas dizem os “Tratados de Teoria Política e de Teoria do Poder” (principalmente em países que vivem com dificuldades económico-financeiras) que é assim que se garante o poder tranquilo dos governos: manter as chefias satisfeitas! Estas por sua vez cumprem o seu papel: “Esmagar” a nível subalterno, tudo o que tenha carácter reivindicativo, mesmo que já previsto em lei.

A Bem da Nação!

terça-feira, agosto 28, 2007

Delatora e Vergonhosa "Yahoo"

Empresa forneceu dados sobre utilizadores
Yahoo rejeita responsabilidades na condenação de internauta chinês
28.08.2007 - 14h50 PUBLICO.PT, com agências

Os donos do motor de busca Yahoo pediram à justiça norte-americana que deixe cair as acusações de colaboração com o Governo chinês na detenção de indivíduos com ideias contrárias ao regime, ao fornecer dados sobre a identidade dos seus utilizadores e conteúdos de e-mails.

Yahoo, uma empresa norte-americana apologista da liberdade de expressão – desde que não afecte a possibilidade facturar milhões na China!

A 4ª melhor do mundo

Atleta portuguesa falha pódio por três centímetros
Naide Gomes "um pouco triste" com o 4º lugar
28.08.2007 - 15h40 Lusa, PUBLICO.PT

Falhou o pódio mas é a 4ª melhor atleta do mundo naquela modalidade.

sábado, agosto 25, 2007

Portugal + pobre

Faleceu Eduardo Prado Coelho, intelectual público

25.08.2007 - 11h30 José Manuel Fernandes - Público

SEQUESTRO

Sequestro

Substantivo masculino
1. DIREITO - depósito de uma coisa litigiosa em mãos de terceira pessoa, por decisão judicial ou convenção das partes;
2. Pessoa a quem se confia esse depósito;
3. Clausura ou retenção ilegal de pessoas; rapto;
4. Penhora;
5. Isolamento; apartamento;
6. MEDICINA - fragmento de osso, necrosado, que se separa do osso vivo;
(Do lat. sequestru-, «id.»)

Sequestrar

Verbo transitivo
1. Pôr (uma coisa ou pessoa) em sequestro; raptar;
2. Enclausurar ilegalmente;
3. Apoderar-se violentamente de;
4. Isolar;
5. Figurado - privar do uso, exercício ou domínio;

Verbo reflexo
Afastar-se do convívio social; isolar-se;
(Do lat. sequestráre, «id.»)

Dicionário de Língua Portuguesa. In Diciopédia X [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2006. ISBN: 978-972-0-65262-1

Chefias portuguesas “Sequestram” portugueses

Defesa: Presidente da ANS cumpre sábado um dia de prisão

O presidente da Associação Nacional de Sargentos foi punido com um dia de prisão disciplinar, a cumprir sábado, na sequência de um processo que decorria desde Dezembro, anunciou esta sexta-feira a ANS.
De acordo com um comunicado da ANS, o sargento Lima Coelho cumprirá um dia de prisão, no Comando Operacional da Força Aérea em Monsanto, Lisboa, por ter proferido declarações em que usava a palavra «sequestro» para qualificar a detenção disciplinar de outro dirigente associativo.
Contactado pela Lusa, Lima Coelho precisou que usou a palavra «sequestro» no dia 4 de Dezembro de 2006 numa conferência de imprensa na sede da ANS «sobre a detenção» do vice-presidente da direcção da associação, o sargento David Pereira.
«Ora, segundo o dicionário de Língua Portuguesa a detenção ilegal e involuntária é sequestro», afirmou Lima Coelho.
«O Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria tinha ordenado a suspensão da punição à luz das consequências da providência cautelar interposta. A Marinha só se pronunciou sobre a primeira decisão da meretíssima juíza mais de 24 horas depois fora das horas de expediente normal e em vésperas de um fim-de-semana. Portanto, à hora em que aquelas declarações foram prestadas, a situação configurava de facto uma detenção involuntária e ilegal, um sequestro», argumentou a ANS, no comunicado.
Para Lima Coelho, as medidas disciplinares a dirigentes associativos constituem uma «forma persecutória e repressiva de calar as vozes que denunciam o incumprimento das leis, de mais de 40 diplomas, para além da dívida constituída à família militar».

sexta-feira, agosto 24, 2007

Venezuelanos sequestradores libertam portugueses

Três crianças portuguesas libertadas na Venezuela

Os três netos do bem sucedido emigrante na Venezuela José Cardoso Barreto foram “libertados esta tarde pelos sequestradores” que os tinham em seu poder desde o passado dia 12, disse ao Expresso o embaixador da Venezuela em Portugal, Lucas Romero. Esta confirmação foi igualmente confirmada ao Expresso por Aleixo Vieira, director do jornal Correio da Venezuela e por António Braga, secretário de Estado das Comunidades.

sexta-feira, agosto 03, 2007

109 - Inquérito

Mulheres portuguesas querem mais sexo

As mulheres portuguesas querem mais relações sexuais e mais longas que os homens, revela um estudo internacional que será apresentado hoje em Albufeira.
À pergunta «com que frequência quer sexo?», 44 por cento das 685 portuguesas e 31 por cento dos 694 portugueses afirmaram «três ou quatro vezes por semana», em resposta ao inquérito das revistas Cosmopolitan e Men's Health sobre o que é o parceiro «ideal». (…)
(…) Falta de energia e linguagem obscena é um grande impeditivo para as portuguesas, enquanto a falta de iniciativa ou a rudeza delas são aspectos que levam os homens a desmotivar-se.Os preliminares assumem também grande destaque para ambos os sexos: quase metade das portuguesas quer no mínimo 15 minutos e cerca de 40pc prefere mesmo 20 minutos ou mais. (…)
Lusa / SOL

quinta-feira, agosto 02, 2007

108 - Entre-os-rios na América

Queda de ponte sobre o Mississipi

Balanço provisório de 9 mortos, 60 feridos e 20 desaparecidos
Pelo menos nove mortos e seis dezenas de feridos hospitalizados é o balanço provisório da queda de uma ponte sobre o rio Mississipi, revelaram hoje as autoridades norte-americanas. A imprensa local fala em mais 20 desaparecidos.

Esta tragédia faz-nos lembrar algo semelhante ocorrido no nosso país. Infelizmente.

quarta-feira, agosto 01, 2007

107 - Cooperação Mundial

ONU aprova envio de força de paz para Darfur
O Conselho de Segurança aprovou hoje por unanimidade o envio de uma força conjunta das Nações Unidas e da União Africana para Darfur, cenário da pior crise humanitária da actualidade. Ao todo, 26 mil militares e polícias vão tentar pacificar aquela província sudanesa.
O verdadeiro espírito da ONU, a união dos povos no combate às injustiças mundiais, neste particular, no combate ao genocídio que está a ser perpetrado naquela zona do planeta. Deseja-se muito sucesso aos 25.000 militares e agentes de polícia que vão formar o contingente de Capacetes Azuis.

106 - Cabala

A Procuradoria-Geral da República arquivou hoje o inquérito à licenciatura em Engenharia do primeiro-ministro José Sócrates, considerando que da análise aos elementos de prova recolhidos resultou “não se ter verificado” a prática de crime de falsificação de documento.
Lisboa, 01 Agosto (Lusa)

Afinal tudo não passou de uma blasfémia. A obtenção do diploma traduziu-se no processo mais translúcido do século, sem certificados datados ao domingo, sem cartas de gabinete a acompanhar testes enviados por correspondência, etc.
Cabalas.

105 - Contraditório

MENSAGEM DO ALMIRANTE CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA ARMADA
OFICIAIS, SARGENTOS, PRACAS, MILITARIZADOS E CIVIS QUE SERVEM NAMARINHA:PRETENDO TRANSMITIR-VOS O MEU REPUDIO PELAS NOTICIAS HOJE VEICULADASEM VARIOS ORGAOS DE COMUNICACAO SOCIAL RELATIVAS AH EXISTENCIA DEHIPOTETICAS IRREGULARIDADES QUE ESTARIAM A OCORRER NA MARINHA, QUEMAIS NAO FAZEM DO QUE LANCAR SUSPEICOES SOBRE A GENERALIDADE DE UMAINSTITUICAO FORJADA POR SECULOS DE DEVOCAO AO SERVICO DE PORTUGAL EDOS PORTUGUESES NO MAR.A MARINHA PAUTA-SE PELO ESCRUPULOSO CUMPRIMENTO DA LEI, TENDO UMACULTURA DE RIGOR, BASEADA EM PADROES DE EFICIENCIA E EFICACIA DAGESTAO DOS RECURSOS E NO RECONHECIMENTO DECISIVO DA RELEVANCIA DOCONTROLO.PORQUE NISSO RESIDE A MINHA MAIS PROFUNDA CONVICCAO, MANDEI PROCEDERAO LEVANTAMENTO DE UM PROCESSO DE AVERIGUACOES SOBRE AS INSINUAÇOESQUE NOS FORAM DIRIGIDAS, AGUARDANDO PELO SEU RESULTADO PARA, NOMOMENTO E SEDE PROPRIOS, AGIR EM CONFORMIDADE, CERTO DE QUE SE FARAJUSTICA.COM SERENIDADE, MAS FIRMES NA DEFESA DAS NOSSAS CONVICCOES EPRATICAS, CONTINUAREMOS A PAUTAR O NOSSO COMPORTAMENTO PELA VERDADE,PELO RIGOR E BOA FE NA FORMA DE SER E ESTAR, REAFIRMANDO OS NOSSOSVALORES ETICOS E COMPETENCIA PROFISSIONAL, MATERIALIZADOS NA ENTREGAE ABNEGACAO AO BEM PUBLICO E AO SERVICO DE PORTUGAL.
Data/Hora de Registo: 2007-07-30 18:42
NÃO CLASSIFICADO