Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não
passaram, o que os torna fracos: Ele nunca subiu a uma árvore! E
pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a
sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num
super-herói quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de
cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois
personalizávamos. Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma
obra. Ele nunca roubou chocolates no
Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.
Confesso, senti-me velho...
Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador.
Tudo bem,
por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo
real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe,
eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar
pela Lara Croft.
Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas,
nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros.
Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar
pontos e a fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois
meses em casa a fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por
ter caído. Doenças com nomes
tipo "Moleculum infanticus", que não existiam antigamente.
No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de
"terno" nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um
bocado de terra espalhada por cima não estancasse.
Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas
orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos.
Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese
real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos,
de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando
se apanhava boleia para ir para a praia.
E sabíamos viver com isso.
Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge
objectivos maiores com menos idade?
E ainda nos chamavam geração "rasca"...
passaram, o que os torna fracos: Ele nunca subiu a uma árvore! E
pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a
sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num
super-herói quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de
cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois
personalizávamos. Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma
obra. Ele nunca roubou chocolates no
Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.
Confesso, senti-me velho...
Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador.
Tudo bem,
por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo
real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe,
eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar
pela Lara Croft.
Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas,
nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros.
Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar
pontos e a fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois
meses em casa a fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por
ter caído. Doenças com nomes
tipo "Moleculum infanticus", que não existiam antigamente.
No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de
"terno" nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um
bocado de terra espalhada por cima não estancasse.
Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas
orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos.
Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese
real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos,
de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando
se apanhava boleia para ir para a praia.
E sabíamos viver com isso.
Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge
objectivos maiores com menos idade?
E ainda nos chamavam geração "rasca"...
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