sábado, janeiro 14, 2006

Fim de Semana - MITOS - Os sacrifícios Astecas

"O REINO CANIBAL"
"Na qualidade de carniceiros metódicos e bem treinados no campo de batalha e de cidadãos da terra da Inquisição, Cortés e os seus homens, que chegaram ao México em 1519, estavam acostumados a exibições de crueldade e derramamento de sangue. . . Contudo, não estavam exactamente preparados para o que encontraram no México. . . Em nenhuma outra parte do mundo se desenvolvera uma religião patrocinada pelo estado, cuja arte, arquitectura e ritual fossem tão completamente dominados pela violência, a decadência, a morte e a doença. . .
As narrativas de Cortés e Bernal Díaz não deixam lugar para dúvidas. . . Os Deuses Astecas comiam pessoas."
Mas após estudo mais aprofundado, o autor conclui que não eram os Deuses quem comia os sacrificados.
"A descrição de Bernardino De Sahagún deixa pouco espaço para dúvidas:
Depois de lhes terem arrancado o coração e vertido o sangue numa cabaça, que o senhor do homem morto recebia em pessoa, punham o corpo a rolar pelos degraus da pirâmide abaixo. Ele parava sobre um pequeno largo lá em baixo. Aí alguns velhos, a que chamavam Quaquacuiltin, apoderavam-se dele e transportavam-no para o seu templo tribal, onde o desmembravam e o dividiam para o comerem.
De Sahagún menciona-o repetidas vezes:
Depois de os terem morto e de lhes terem arrancado os corações, levavam-nos devagar, rolando-os pelos degraus abaixo. Quando chegavam ao fundo, cortavam-lhes as cabeças e trespassavam-nas com uma vara e levavam os corpos para as casas a que chamavam Calpulli, onde os dividiam para os comerem. (...) e arrancavam-lhes o coração e cortavam-lhes a cabeça. E mais tarde dividiam o corpo entre eles e comiam-no. (...)
Diego Durán dá-nos uma descrição semelhante:
Depois de o coração ter sido arrancado era oferecido ao Sol e o sangue era aspergido na direcção da divindade solar. À imitação do descer do Sol a oeste, o corpo era empurrado pelos degraus da pirâmide. Depois do sacrifício, os guerreiros celebravam um grande festim com muitas danças, cerimoniais e canibalismo.
(...) A Mesoamérica ficara no final do período glaciário numa condição de esgotamento . . . no que se refere a recursos animais (...)
Assim:
(...) Poderia a redistribuição de carne proveniente de vítimas sacrificiais ter melhorado significativamente o teor de proteínas e gorduras da dieta da nação Asteca (...)"

5 comentários:

Anónimo disse...

Há três anos visitei, no México, alguns destes templos Aztecas e fiquei deslumbrado com os restos daquela civilização perdida. In loco, tudo é diferente e bem mais real.
No entanto, quanto aos rituais de canibalismo, não me afronta muito esse facto, já que nós, os portugueses, fizemos carnificinas bem piores e os espanhóis, acabaram com o resto.
Ainda hoje, aqui mesmo, o ritual continua.
É só ir a um jogo Benfica-Porto e ... até os comemos, quando não somos comidos.
JR

Anónimo disse...

Parece-me interessante este book.
Há poucos meses li, do mesmo género, "Colombo e outros canibais" escrito por um antropólogo americano (índio) Jack D. Forbes, de seu nome, creio que da Editorial Antígona, interessantíssimo também e relacionado com o comentário do JR, no que se refere aos portugueses e espanhóis!

Seve

O Bicho disse...

Há muitos livros, muitas descrições, mas poucas teorias acerca da origem das práticas religiosas dos Aztecas e Mayas.
Muitos mistérios ainda, envolvem o apogeu e declínios dos Impérios Inca, Maya e Azteca.

Anónimo disse...

Interessantíssimo essa parcialidade para com os indígenas, como se estes fossem santos.
Neste mesmo ano, 2006, vinte e nove pessoas foram mortas em uma única chacina praticada pelos "adoráveis" índios brasileiros.

tem mais nos "link´s" abaixo:
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1104234-EI295,00.html
http://www.olavodecarvalho.org/textos/ubaldo.htm
http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=118591

Anónimo disse...

Interessantíssimo essa parcialidade para com os indígenas, como se estes fossem santos.
Neste mesmo ano, 2006, vinte e nove pessoas foram mortas em uma única chacina praticada pelos "adoráveis" índios brasileiros.

tem mais nos "link´s" abaixo:
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1104234-EI295,00.html
http://www.olavodecarvalho.org/textos/ubaldo.htm
http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=118591

Chega de hipocrisia.

myron@globo.com