domingo, junho 11, 2006

PORTUGAL - VII



Economia
O crescimento económico português esteve acima da média da União Europeia na maior parte da década de 1990 mas encontra-se agora abaixo da média dos 25 estados-membros. O PIB per capita ronda os 76% da média da região. O PIB português cresceu 1% em termos reais em 2004 e espera-se que cresca 1,8% (FMI) em 2005. No último trimestre de 2004, a taxa de desemprego era de 7,1%, abaixo da média europeia. Em 2006 Portugal surge no 33º lugar no ranking mundial.
Desde 1985, o país entrou num processo de modernização num ambiente bastante estável (1985 até à actualidade) e juntou-se à Comunidade Económica Europeia em 1986. Os sucessivos governos fizeram várias reformas, privatizaram muitas empresas controladas pelo Estado e liberalizaram áreas-chave da economia, incluindo os sectores das telecomunicações e financeiros. Portugal desenvolveu uma economia crescentemente baseada em serviços e foi um dos onze membros fundadores do Euro em 1999, com critérios muito restritos. Começou a circular a sua nova moeda a 1 de Janeiro de 2002 com 11 outros estados membros da UE.
Com o recurso a fundos da União Europeia, o país fez nas duas últimas décadas investimentos avultados em infra-estruturas, dispondo hoje de uma rede extensa de auto-estradas e beneficiando em geral de boas acessibilidades rodoviárias e ferroviárias.
Com um passado predominantemente agrícola, actualmente a estrutura da economia baseia-se nos serviços e na indústria, que representam 67,8% e 28,2% do VAB (Fonte: INE, 2004).
As oliveiras (4000 km²), os vinhedos (3750 km²), o trigo (3000 km²) e o milho (2680 km²) são produzidos em áreas bastante vastas. Os vinhos e azeites portugueses são bastante apreciados devido à sua qualidade. Também, Portugal é produtor de fruta de qualidade, nomeadamente as laranjas algarvias e a pêra rocha da região Oeste. Outras produções são de horticultura ou floricultura, como a beterraba doce, óleo de girassol e tabaco.
Os recursos naturais, tais como os bosques que cobrem cerca de 34% do país, principalmente pinheiros (13500 km²), sobreiros (6800 km²), azinheiras (5340 km²) e eucaliptos (2430 km²). A cortiça tem uma produção bastante significativa: Portugal produz metade da cortiça produzida no mundo. Recursos minerais significativos são o volfrâmio, o estanho e o urânio.
As maiores indústrias transformadoras são os têxteis, calçado, cabedal, mobiliário, mármores, cerâmica (de destacar a Vista Alegre) e a cortiça. As indústrias modernas desenvolveram-se significativamente: refinarias de petróleo, petroquímica, produção de cimento, indústrias do automóvel e navais, indústrias eléctricas e electrónicas, maquinaria e indústrias do papel. Portugal tem um complexo de indústrias petroquímicas em Sines, dotado de um porto. A indústria automóvel localiza-se em Palmela (a maior infra-estrutura é a Autoeuropa), Setúbal, Porto, Aveiro, Braga, Santarém e Azambuja.
O balanço comercial português é negativo. O país compra principalmente dentro da União Europeia: Espanha, Alemanha, França, Itália e Reino Unido. E, também, vende a maioria dos seus produtos dentro da União: Alemanha, Espanha e França são os parceiros principais.

Sem comentários: