Uma parte do seu território foi conhecida outrora pelo nome de Lusitânia; foi originalmente habitado por populações iberas de origem indo-europeia e por celtas, fez parte do Império Romano e foi posteriormente ocupado pelos Visigodos e mais tarde pelos Mouros. Independente desde 1139 (reconhecido pelo rei de Castela em 1143 e pelo Papa em 1179), Portugal é a mais antiga nação da Europa. A independência de Portugal seria assegurada dois séculos depois com a derrota dos castelhanos em Aljubarrota, em 1385, e colocada em causa na sequência de uma crise de sucessão, em 1580, que colocaria o Reino nas mãos dos Espanhóis (dinastia Filipina) sob a alçada de uma união política; seria por fim restaurada em 1640 e o trono entregue a D. João IV.
Avizinhando-se o final das conquistas terrestres aos Mouros, Portugal virou-se para o mar onde se tornou dominante; inspirados pelo infante D. Henrique, o Navegador, os seus navegadores descobriram caminhos marítimos para regiões da América, África e do Oriente tendo descoberto o caminho por mar, para a maioria dos países africanos; daí obteve grande supremacia económica, política e cultural nessa altura. No período de expansão, os Portugueses estabeleceram enclaves comerciais em lugares tão remotos como nas Molucas e na China, ao mesmo tempo que reclamavam para si o Brasil, situado no Novo Mundo, descoberto em 1500 por Pedro Álvares Cabral. Foi no Brasil que se refugiou a família real portuguesa quando os Franceses invadiram Portugal em 1807. O rei D. João VI regressaria a Portugal em 1821 e, no ano seguinte, o seu filho D. Pedro era proclamado imperador do Brasil independente.
Portugal foi uma monarquia até 1910, ano em que uma revolução em Lisboa obrigou o jovem rei D. Manuel II a abdicar. Após vários anos de instabilidade política, com lutas de trabalhadores, tumultos, levantamentos, assassínios políticos e crises financeiras, o Exército assumiu o Poder, em 1926. O regime militar nomeou ministro das Finanças o Dr. Oliveira Salazar, professor da Universidade de Coimbra, que pouco depois foi nomeado primeiro-ministro (1932). Ao mesmo tempo que restaurou as finanças, transformou o país numa "República Corporativa" de tendência fascizante, sob a sua ditadura pessoal. Em 1968, quando uma enfermidade mortal o afastou do Poder, sucedeu-lhe no governo da nação o Dr. Marcelo Caetano.
No entanto, o descontentamento civil alastrava tanto no continente como nas colónias, onde vários "movimentos de libertação" obrigaram Portugal a uma dispendiosa presença militar. Apesar das críticas de alguns dos mais antigos oficiais do Exército, entre os quais o general António de Spínola, o governo parecia determinado em continuar esta política. Com o seu livro Portugal e o Futuro, em que defendia a insustentabilidade de uma solução militar nas guerras do Ultramar, Spínola seria destituído, o que agravou o crescente mal-estar entre os jovens oficiais do Exército que no dia 25 Abril de 1974 desencadearam um golpe de estado que derrubaria o Governo, golpe de estado que ficou conhecido como o 25 de Abril, actualmente feriado nacional. Nos dois anos seguintes, o processo revolucionário foi vigiado e controlado pelo Movimento das Forças Armadas; não obstante, seria uma fase de grande instabilidade política, com seis governos provisórios, vários levantamentos com diferentes objectivos, a rápida liquidação do Império Colonial (consumada em 1975) e a progressiva neutralização das forças mais esquerdistas, até finalizar nas eleições de 1976. O seu vencedor seria o Partido Socialista, cujo líder, Mário Soares, tomou conta do governo, ao mesmo tempo que o general Ramalho Eanes era eleito Presidente da República.
Na actualidade é um dos membros da União Europeia (a sua adesão concretizou-se em 1986) e foi um dos 12 membros que integram a Zona Euro e cuja língua é uma das 20 línguas oficiais da União Europeia.
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