Uma possível explicação da política seguida pela actual administração dos EUA, poderá ser dada através da obra de Francis Fukuyama (o Guru político-económico dos Conservadores Norte-americanos) "A Construção de Estados - Governação e Ordem Mundial no Século XXI", Ed. Gradiva, 1ª edição Janeiro de 2006.
No capítulo "Estados Fracos e Legitimidade Internacional", pág. 102, o autor define "Estados Fracos" - entre outras coisas - como Estados que podem ser tomados por agentes não estatais, como por exemplo Organizações Terroristas, servindo de base, entre outras coisas, a operações terroristas globais (ex. o Afeganistão). Considera também o autor que, "Os Estados Fracos ou falhados violam direitos humanos, provocam ondas maciças de imigração e atacam países vizinhos e, tornou-se claro, desde o 11 de Setembro, que abrigam terroristas internacionais, que podem causar danos significativos aos Estados Unidos e a outro países desenvolvidos." Diz ainda Fukuyama que "Durante o período que mediou a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o 11 de Setembro, em 2001, grande maioria das crises internacionais teve como centro Estados fracos ou falhados. Estes incluíram a Somália, o Haiti, o Camboja, a Bósnia, o Kosovo, o Ruanda, a Libéria, a Serra Leoa, o Congo e Timor-Leste." Conclui ainda o autor que, "Os ataques de 11 de Setembro tornaram totalmente claras as formas pelas quais a violência se tinha democratizado: a possibilidade de combinar o islamismo radical com armas de destruição em massa (ADM) significava, de súbito, que os acontecimentos a decorrer em partes distantes e caóticas do mundo podiam interessar intensamente aos Estados Unidos e a outros países ricos e poderosos. As formas tradicionais de dissuasão ou contenção não podem funcionar contra este tipo de acto não estatal, por isso as preocupações com a segurança passarem a exigir uma penetração nos Estados e a mudança dos seus regimes para prevenir o advento de novas ameaças."
Fukuyama Dixit!
1 comentário:
Bom! Estes últimos três post estão muito bem interligados!
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