terça-feira, fevereiro 07, 2006

Constatação Histórico Religiosa II

Abraão
Primeiro patriarca da Bíblia, viveu provavelmente no século XIX a. C. Oriundo de Ur, na Mesopotâmia, foi, de acordo com os textos do Génesis, convocado por inspiração divina do seu país de origem para se estabelecer com o seu clã na Palestina. Rumando pelo deserto, atingiu, primeiramente, a terra de Harran, na Alta Mesopotâmia, derivando posteriormente para as terras de Canaã, já na Palestina. Proveniente de um povo pagão e idólatra, a tradição considera-o como o primeiro hebreu a assumir o monoteísmo, ou crença em um só deus, contra o politeísmo (vários deuses) da terra de origem. Abraão teve que lutar contra várias provações na confirmação da sua fé e confiança de Deus: uma fome que o obrigou a ir para o Egipto e no regresso a Mambré, Hébron, teve que ajudar seu sobrinho Lot, cativo do rei de Emam. Ao regressar deste auxílio, todavia, é recompensado com uma bênção de Deus por Melquisedec. Ainda que de provecta idade e casado com uma mulher estéril, Sara, Deus, "anunciou" a Abraão que ele seria o fundador de uma grande nação. Como referem os textos bíblicos, este homem da "Aliança e da promessa", através da descendência de seus dois filhos, Ismael, filho de uma escrava sua chamada Agar, e Isaac, de Sara, o "filho das promessas divinas", Abraão é proclamado como a figura ancestral dos povos judeus e árabes, sendo-o igualmente, depois, dos cristãos. Assim, os fiéis das três grandes religiões monoteístas - Judeus, Cristãos e Muçulmanos - consideram-se, em comum, como "filhos de Abraão", que a Bíblia designa como "o Pai dos que acreditam". Ainda relativamente à sua descendência, Deus, para pôr à prova uma vez mais a fé de Abraão, ordenou-lhe que sacrificasse o filho da sua união com Sara, Isaac, tão ansiado e esperado fora. Resignado, o velho patriarca preparava-se já para imolar Isaac, quando Deus, satisfeito com a fé de Abraão, trocou o rapaz por um carneiro. Depois de Sara falecer, Abraão, então com 135 anos, desposa Cetura, que lhe deu mais seis filhos. Abraão, todavia, morreria aos 175 anos.

© 2004 Porto Editora, Lda.

2 comentários:

Anónimo disse...

Maldita religião. Somos todos descendentes dos povos que tiveram Abraão com profeta e damo-nos tão mal.
Isto só pode ser culpa dos polí... quer dizer, dos mercadores da WTOrga..., ou antes, dos sacerdotes das três religiões. Com a excepção, óbvia, dos da Igreja Universal do Ultraliberalismo e Seitas Associadas.

Bugas

O Bicho disse...

Eu acho que podemos resumir a questaão e dizer:
afinal SÃO TODOS UNS GRANDES FILHOS DUM ABRÃAO!