“Águas de Portugal” com prejuízos de 75 milhões distribui 2,3 em prémios.
Relatório denuncia gastos exagerados com viaturas de serviço e prémios de incentivo
JN Online 04-07-08 Reis Pinto
Relatório denuncia gastos exagerados com viaturas de serviço e prémios de incentivo
JN Online 04-07-08 Reis Pinto
"Situação económico-financeira débil" e gastos de 4,8 milhões de euros com viaturas de serviço e prémios de incentivo. O Tribunal de Contas não poupa o grupo Águas de Portugal e recomenda a "imediata reestruturação".
O Tribunal de Contas, num relatório em que analisa a actividade da holding entre 2003 e 2006, e ontem divulgado, aponta como causas da má situação económico-financeira a internacionalização do grupo, que se traduziu num "falhanço empresarial" e "a excessiva fragmentação do sector", por via da criação de "demasiadas unidades empresariais", algumas das quais "não estão a conseguir ser auto-sustentáveis".
O documento destaca que apenas três empresas do grupo (EPAL, a Águas do Douro e Paiva e a Sanest - Saneamento da Costa do Estoril) apresentaram lucros e é particularmente crítico com a internacionalização, que se traduziu no acumular de resultados negativos.
"O AdP foi utilizado como instrumento da política externa do Governo português, tendo sido incentivada a sua expansão pelos mercados onde o Governo desenvolvia acções de cooperação. Esta decisão teve fortes impactos negativos para o grupo empresarial", refere o Tribunal de Contas.
Apesar dos "resultados operacionais negativos" de 75,5 milhões de euros entre 2004 e 2006 foram atribuídos, naquele período, prémios de incentivo no valor de 2,3 milhões de euros. O TC realça que "a política de atribuição dos prémios não está assente num sistema indubitavelmente claro e transparente, nem está associado à concretização de objectivos, já que no grupo não existe avaliação de desempenho por objectivos, orientado para resultados".
O Tribunal de Contas sublinhou, igualmente, que as empresas do grupo atribuem viaturas de serviço, com plafond de combustível, a administradores e a alguns funcionários. No período em análise, e nas sete empresas consideradas no relatório, foram gastos 2,5 milhões de euro, 478 mil dos quais respeitantes a combustível. (...)
Que dizer mais deste país?
É incrível! Este tipo de notícias nunca mais têm fim neste país (ou equívoco com 861 anos de existência).
É por isto e por outras situações complicadas e sem explicação para os cidadãos como esta, que o país não sai do atrofio económico e social em que se encontra.
E depois a culpa é da conjuntura internacional, não é do ROUBO constante, vil e atroz que estas sanguessugas políticas e económicas não param de praticar no país!
E quem vai pagar mais um desfalque como este ao erário nacional? O contribuinte – através do Orçamento do Estado ou dos impostos, ou o consumidor – através do aumento das tarifas de consumo de água, ou ambos através das duas medidas.
Esquerda? Direita? Já não me interessa nada disso. O que me interessa é que está um conjunto de gente há tempo a mais no poder, que não param de sorver a riqueza nacional em favor próprio ou de grupos económicos ou de alguns partidos, qual CANCRO sorve um qualquer organismo biológico vivo.
Mas os (alguns) Cancros também se removem!
As eleições são já em 2009!
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