Apostada em consagrar-se como actriz dramática, decide matricular-se no Actors Studio, tornando-se colega de Montgomery Clift, de quem se torna grande amiga. Em Nova Iorque, conhecerá o dramaturgo Arthur Miller com quem se casará em finais de 1956. Com o seu contrato reforçado, protagoniza a comédia Bus Stop (Paragem de Autocarro, 1956) e The Prince and the Showgirl (O Príncipe e a Corista, 1957), mas o último falharia nas bilheteiras. Quase simultaneamente, a sua vida pessoal torna-se muito instável: o seu casamento com Miller estava a passar por uma crise, obrigando a actriz a refugiar-se no álcool e nas drogas. Será Billy Wilder quem a convencerá a interpretar aquele que seria o papel mais célebre da sua carreira: o de Sugar Kane, uma intérprete musical que sonha em casar com um milionário na comédia Some Like It Hot (Quanto Mais Quente Melhor, 1959). Em seguida, contracenou com Yves Montand em Let's Make Love (Vamo-nos Amar, 1960). Vítima de sucessivas depressões nervosas, a fragilidade da actriz começou a causar-lhe numerosos dissabores profissionais: durante as rodagens de The Misfits (Os Inadaptados, 1961), foram constantes as suas discussões com o realizador John Huston e Clark Gable, para além de numerosos atrasos. Paralelamente, circulavam boatos das suas ligações afectivas clandestinas com o presidente John Kennedy e com Robert Kennedy. No dia 5 de Agosto de 1962, um mês depois de ter sido despedida por George Cukor das filmagens de Something's Got to Give (1962), a actriz foi encontrada inanimada na cama do seu apartamento. A autópsia revelou suicídio por ingestão de barbitúricos, mas a hipótese de crime ainda hoje é ventilada.
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