sábado, fevereiro 17, 2007

Casos de Sucesso Nacionais - LX - ANS

Se não fosse a acção da Associação Nacional de Sargentos os militares portugueses ainda hoje não teriam um estatuto.
Seriam regidos pelos; Regulamento de Disciplina Militar, Código de Justiça Militar e por ordens avulsas emanadas dos comandos militares. E exceptuando a classe de oficiais – que detinham uma Carta Patente, os restantes militares eram detentores de contratos de vínculo precário com as FA’s.
Os 1.ºs militares que foram enviados para a Bósnia não tinham seguros de vida pagos pelo Estado e as chefias militares ainda se indignaram quando a ANS levantou esta questão. Hoje já têm.
As famílias dos militares nada sabiam destes, quando em missão fora do continente, hoje já existe linha de apoio aos familiares.
Estes são apenas alguns dos muitos exemplos de trabalho desenvolvido por esta associação, que contribuíram para a melhoria de condições da prestação de serviço dos militares portugueses.
Agora, tal como em 1974, as chefias militares de topo estão coniventes com o poder político estabelecido, porque são a classe com melhores condições de vida e com carreiras mais auspiciosas. Os Sargentos de Portugal não reivindicam nada mais do que o cumprimento da Lei, que os políticos aprovaram na Assembleia da República.
E ao fazê-lo estão a dar um enorme contributo para a melhoria da democracia em Portugal e a contribuir para a defesa dos direitos de todos os cidadãos nacionais.
“ Sabe-se antigamente que trezentos
Já contra mil Romanos pelejaram,
No tempo que os viris atrevimentos
De Viriato tanto se ilustraram,
E deles alcançando vencimentos
Memoráveis, de herança nos deixaram
Que os muitos, por ser poucos, não temamos;
O que depois mil vezes amostramos.”
(In “Os LUSÍADAS”, Canto VIII, Luís de Camões)

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