sábado, setembro 16, 2006

FDS - Líderes do Século XX - XIX - Tito

Tito

Marechal e político jugoslavo, nascido em 1892 e falecido em 1980, Josip Broz Tito proclamou em 1945, como primeiro-ministro, a República Federal. Em 1953 autoproclamou-se presidente, a título vitalício. Em 1948 tornou-se o primeiro líder comunista a opor-se à União Soviética, enveredando por um socialismo de feição autónoma. Foi também um dos principais dinamizadores do Movimento dos Países Não-Alinhados.
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História da Jugoslávia
Em 1918, foi criado o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, cabendo a coroa a Pedro I Karadjordjevich. Em 1919 – 1920, os tratados de Neuilly-sur-Seine, Saint Germaine-em-Laye, Trianon e Rapallo fixaram as fronteiras do país. Em 1921, uma constituição centralista e parlamentar foi adoptada. Em 1929, Alexandre I estabeleceu um regime autoritário e o país tomou o nome de Jugoslávia.
Em 1934, Alexandre I foi assassinado por um extremista croata. Seu primo, o príncipe Paulo, assumiu a regência com o nome de Pedro II. Em 1941, por pressão alemã, o príncipe Paulo assinou o Pacto tripartite mas foi derrubado por uma revolução em Belgrado. A Jugoslávia foi ocupada pela Alemanha, que encontrou resistência organizada em duas frentes: o líder nacionalista e realista D. Miháilovich.
Pedro II refugia-se em Londres. Em 1943, Josip Broz Tito cria o Comité Nacional de Libertação. Com a vitória aliada em 1945, foi criada a República Federativa Popular da Jugoslávia, com a mesma formação do Reino: Eslovénia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Macedónia, Montenegro e Sérvia. As diversas religiões dos países que formavam a Jugoslávia geraram graves antagonismos ao longo da história e culminaram com a presente guerra civil.
Em 1945, o marechal Tito assumiu a presidência da Jugoslávia e adoptou uma política socialista, de fundo nacionalista, que desagradou à URSS. Em 1948-1949, Stalin excluiu a Jugoslávia do mundo socialista e do Kominform. Ameaças de invasão da Jugoslávia pelos países vizinhos, por instigação de Moscovo. Em 1955, Khruschev reata relações com Belgrado após a morte de Stalin.
Em 1961, a conferência dos países não-alinhados se reúne em Belgrado. O marechal Tito como um dos líderes do Terceiro Mundo. Em 1974, uma nova constituição reforça os direitos das repúblicas, diminuindo a concentração de poderes. Problemas políticos do governo central com a Croácia. Em 1980, a morte do marechal Tito, passando as funções presidenciais a serem exercidas colegialmente, com rodízio na presidência.
Início das tensões étnicas com deterioração da situação económica no país. Em 1990, a Liga Comunista Jugoslava renuncia ao monopólio político. Em 1991, a Croácia e a Eslovénia, já dirigidas pela oposição democrática, proclamam a sua independência, com reconhecimento internacional. Combates entre sérvios e croatas que perdem o controle de parte da Eslovénia, onde existe forte minoria sérvia. Independência da Macedónia e da Bósnia-Herzegovina.
Em Abril de 1992, a Sérvia e o Montenegro proclamam a nova República Federal da Jugoslávia. Os sérvios residentes na Croácia e na Bósnia reivindicam incorporar-se à nova Jugoslávia, que não foi reconhecida internacionalmente. Inicio da guerra civil na Bósnia, opondo sérvios-bósnios aos bósnios-muçulmanos e aos croatas-bósnios. Em 1993, as Nações Unidas enviam tropas para tentar separar os beligerantes e o Conselho de Segurança impõe embargo económico aos conflituantes.
O presidente Milosevich, da nova Jugoslávia, presta assistência militar aos sérvios-bósnios, que chegam a ocupar 70% do território bósnio. Êxodo populacional de cerca de dois milhões de jugoslavos e milhares de mortos. Em 1994, os croatas-bósnios recuperam parte do território perdido. Em 1995, os Estados Unidos, na conferência de Dayton, impõem um armistício e redesenham a Bósnia em três zonas distintas, tendo por capital Sarajevo.
O embargo da ONU à Jugoslávia é levantado pelo Conselho de Segurança. O movimento separatista na província de Kosovo, de população maioritariamente albanesa, provoca escalada de violência contra esse povo ao longo de 1998. Isso leva a NATO a bombardear a Jugoslávia por 10 semanas, em 1999, até Milosevich concordar com um plano de paz e aceitar a presença de força militar da NATO no Kosovo.
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