segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Como não se aproveitaram os subsídios, mude-se a Lei!


Notícia do Público
CIP e CCP defendem o despedimento para renovar o quadro de pessoal das empresas
04.02.2008 - 16h30 Lusa, PUBLICO.PT
As confederações da Indústria Portuguesa (CIP) e do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) defendem o alargamento da figura do despedimento igualmente para as situações de renovação do quadro de pessoal da empresa.
Para a CIP, "a possibilidade de recurso ao despedimento, que não assente em motivos disciplinares ou inadaptação, não pode circunscrever-se à 'redução de pessoal', devendo compreender também a renovação deste", num parecer ao Livro Branco das Relações Laborais, a que a Lusa teve acesso.
Igualmente a CCP aponta o despedimento quando "se pretenda a reestruturação da empresa e a renovação do perfil do trabalhador afecto ao posto de trabalho".
A CIP sustenta que, por vezes, "as empresas estão apenas carecidas de trabalhadores diferentes e não de menos trabalhadores". "Daí que a renovação do quadro deva ser integrado como fundamento legitimador", refere a confederação presidida por Francisco Van Zeller, no parecer já entregue ao Governo.

Comentários dos leitores
04.02.2008 - 18h08 - Afonso Silva,
Deste modo até se podia por isso despedir tudo e todos. Mas a CIP com este raciocínio reaccionário e caceteiro não é capaz de deduzir que é na formação contínua, que pode ter pessoal qualificado e estimulado para rentabilizar e acompanhar a inovação. Mas como as empresas portuguesas não conhecem esta ultima palavra e preferem o seguidismo ultra liberal, também aplicam a taxa máxima do desprezo a quem produz, preferindo o lucro rápido sem pensar no futuro e atirando os desesperados sem perspectivas para a habitual emigração e já somos 5 milhões de expatriados. E o governo deixa andar e fazer de conta ignorando o que de melhor se faz em legislação de trabalho, que são os países nórdicos. Estes não abriram mão da regulamentação e continuam de pedra e cal como modelo de sociedade e não menos competitivos que na Europa do Sul. O problema são os nossos gestores e patrões que são incapazes de organizar a produção e distribuir tarefas, tanto públicos como privados - todos tem falta de formação, o nível é baixo, mas estes senhores pensam que sabem tudo, pois são os senhores doutores ou engenheiros, no pais mais pobre da UE dos 15 e brevemente dos 27. Continuem meus senhores sabichões do 3° mundo.

04.02.2008 - 17h57 - Algarvio,
Mais uma vez temos uma prova do dinamismo das empresas portuguesas. é muito raro ouvir nos nossos empresários as palavras formação dos trabalhadores, melhoria das condições de trabalho, reestruturação de processos administrativos ou de produção, formação dos empresários, novas técnicas de gestão, controlo de gestão, isto é a modernização da empresa e dos seus membros, políticas de crescimento de longo prazo. Ao contrário pensa-se em despedir mais facilmente trabalhadores para depois contratar outros para o mesmo lugar mais baratos, chorar junto aos fornecedores a pedir descontos, pagar depois dos prazos estabelecidos e assim aumentamos a produtividade financiamos a empresa á custa dos outros ( de uma forma desonesta). Meus senhores será que ainda não se deram conta do que é necessário é de uma mudança de mentalidades, tanto de empresários como dos trabalhadores. As empresas obrigam os trabalhadores a serem mercenários, por isso sou a favor da alta rotatividade no trabalho, pois mudas para onde te pagam mais e te dão melhores condições. As empresas com o comportamento que têm não vão poder pedir fidelidade aos trabalhadores e portanto também não vão poder ser produtivos.

2 comentários:

Oliva verde disse...

E como o próprio Estado (que devia ser a entidade reguladora!) dá o exemplo, é difícil que empresários destes não se aproveitem da situação!
Pensem, por exemplo, na quantidade de professores que são contratados por 30 dias e vão para a rua. Se na escola do lado houver um lugar, contrata-se outro e assim sucessivamente!!!!
Mas assim garante-se que nenhum deles consiga, algum dia, ter direito a subsídio de desemprego!!!!

Anónimo disse...

Também há o reverso da medalha.
Na minha empresa,(só possivel, porque é pequena) as empregadas, podem entrar, sair e faltar quando quiserem, sem nunca lhes ser descontado qualquer cêntimo, nem pedido qualquer tempo de compensação.
Elas sabem onde começam e acabam as suas responsabilidades.