Mónica criou projecto-piloto de combate à delinquência juvenil
A socióloga que criou o projecto-piloto de combate à delinquência juvenil da PSP, trabalha há três anos na polícia sem salário. Farta de esperar por um contrato, ponderá abandonar o programa, segundo avança a Lusa. (...)
Mónica Santos, de 28 anos, entrou para a secção de Estudos Criminológicos da PSP em 2005 para realizar um estágio profissional não remunerado. Na altura, aconteceu o «arrastão» na praia de Carcavelos, o que levou a Direcção Nacional da polícia a solicitar-lhe um estudo sobre os comportamentos juvenis de risco e suas motivações.
A socióloga juntou-se ao chefe João Pais, com 20 anos de carreira, 16 dos quais nas brigadas anti-crime, iniciando um projecto de investigação em oito escolas problemáticas da Linha de Sintra, que envolveu um inquérito a cerca de 500 jovens.
O estudo não deixou dúvidas: quase 100 miúdos foram identificados como estando em situação de risco, próximos de iniciar um caminho de delinquência e marginalidade.
Foi então que a dupla criou o projecto «Um Amigo Hoje, Um Futuro Amanhã», que já envolveu mais de nove mil miúdos do concelho da Amadora.
No início de 2006, quando acabou o estágio, o projecto estava em franco desenvolvimento. A PSP pediu-lhe que ficasse, prometendo-lhe um contrato cuja celebração foi sendo sucessivamente adiada.
«Primeiro, era preciso esperar pelo Orçamento de 2007, depois pela aprovação de uma nova legislação sobre avenças, depois pelo Orçamento de 2008. Era só burocracia. Agora faz três anos e estou a chegar ao limite» desabafa.
«Quando eu vou aos bairros problemáticos, quando vou visitar as escolas, é sempre do meu bolso, ou seja, do bolso da minha mãe, porque eu não tenho nada», confessa.
Em declarações à Lusa, o subintendente Alexandre Coimbra, chefe da secção de Estudos Criminológicos, não poupa elogios à iniciativa, que afirma ter duas grandes metas: «Um objectivo nacional, que é o de reduzir a delinquência juvenil, e um objectivo interno, que é o de contratar a Mónica, em definitivo».
Se isso não acontecer nos meses mais próximos, a socióloga garante que é com «enorme tristeza» que terá de abandonar o projecto.
A socióloga juntou-se ao chefe João Pais, com 20 anos de carreira, 16 dos quais nas brigadas anti-crime, iniciando um projecto de investigação em oito escolas problemáticas da Linha de Sintra, que envolveu um inquérito a cerca de 500 jovens.
O estudo não deixou dúvidas: quase 100 miúdos foram identificados como estando em situação de risco, próximos de iniciar um caminho de delinquência e marginalidade.
Foi então que a dupla criou o projecto «Um Amigo Hoje, Um Futuro Amanhã», que já envolveu mais de nove mil miúdos do concelho da Amadora.
No início de 2006, quando acabou o estágio, o projecto estava em franco desenvolvimento. A PSP pediu-lhe que ficasse, prometendo-lhe um contrato cuja celebração foi sendo sucessivamente adiada.
«Primeiro, era preciso esperar pelo Orçamento de 2007, depois pela aprovação de uma nova legislação sobre avenças, depois pelo Orçamento de 2008. Era só burocracia. Agora faz três anos e estou a chegar ao limite» desabafa.
«Quando eu vou aos bairros problemáticos, quando vou visitar as escolas, é sempre do meu bolso, ou seja, do bolso da minha mãe, porque eu não tenho nada», confessa.
Em declarações à Lusa, o subintendente Alexandre Coimbra, chefe da secção de Estudos Criminológicos, não poupa elogios à iniciativa, que afirma ter duas grandes metas: «Um objectivo nacional, que é o de reduzir a delinquência juvenil, e um objectivo interno, que é o de contratar a Mónica, em definitivo».
Se isso não acontecer nos meses mais próximos, a socióloga garante que é com «enorme tristeza» que terá de abandonar o projecto.
3 comentários:
Era suposto que o Estado fosse uma pessoa de bem, sendo a representação de todos os portugueses. Espera aí... pensando melhor, se somos um povo para quem fugir aos impostos é o hobby nacional, o código da estrada só é para cumprir se houver radares/polícias/câmaras por perto, os discos e filmes copiados têm mais saída que os originais e toda a gente tem uma box para ver a SportTV à borla, se calhar temos o Estado que merecemos, porque reflecte perfeitamente o que somos.
Completamente de acordo Dias. É esse o nosso drama nacional - o Estado reflectir o que nós somos!
Afinal os nossos governantes são portugueses, não são de outro país ou planeta.
Temos de exigir mais e melhor aos nossos políticos, mas temos igualmente de melhorar a nossa prestação enquanto cidadãos de um país que queremos melhor.
Eu também já "fugi" aos impostos, já transgredi o código da estrada, já copiei muitos CD's e filmes e já tive uma box pirata.
Agora tenho uma atitude mais correcta como cidadão, para poder contribuir para um país mais evoluído e próspero.
Para alguns passei provavelmente a ser um tótó.
Oh Antonio M Dias, aonde posso arranjar uma Box para ver a Sport Tv à Borla ???? Já tive uma, mas deixou de dar desde que passou a digital..
Fico a aguardar a informação.
Obrigado
Pantas
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