sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Ai Portugal, Portugal! 4



O Estado e os políticos são os principais visados
SEDES alerta para crise social de contornos difíceis de prever

21.02.2008 - 23h00 Luciano Alvarez/Público


Sente-se em Portugal “um mal estar difuso”, que “alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional”. Este mal-estar e a “degradação da confiança, a espiral descendente em que o regime parece ter mergulhado, têm como consequência inevitável o seu bloqueamento”. Este é um dos muitos alertas lançados pela Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) - uma das mais antigas e conceituadas associações cívicas de Portugal –, num documento hoje concluido e dirigido ao país.Para a SEDES se essa espiral descendente continuar, “emergirá, mais cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever”. Esta tomada de posição é uma reflexão sobre o momento que Portugal vive, com a associação a manifestar o seu dever de ética e responsabilidade para intervir e chamar a atenção “para os sinais de degradação da qualidade de vida cívica”. Principais visados: o Estado, em geral, e os partidos políticos, em particular.E para este “difuso mal estar”, frase que o pilar de todo o documento, a SEDES centra-se em algumas questões: degradação da confiança no sistema político; sinais de crise nos valores, comunicação social e justiça; criminalidade, insegurança e os exageros cometidos pelo estado.

1 comentário:

Anónimo disse...

A SEDES está preocupada que isto fique sem controlo.

Opinião: Novamente sob a batuta de Marx
22.02.2008 - 11h53
Tem-se assistido a um sentimento de desmoralização entre aqueles que acreditavam que as forças de mercado e os governos social-democratas iriam provar que a visão de Marx sobre a distribuição do rendimento estava errada.

Há cerca de 150 anos Karl Marx vaticinou, num tom sombrio mas exuberante, que o capitalismo moderno seria incapaz de produzir uma distribuição da riqueza em moldes aceitáveis. Esta iria crescer, sem dúvida, mas só estaria ao alcance de uns quantos eleitos. Ou seja, o desemprego e a carência iriam aumentar, desencadeando a revolta e a revolução que, por sua vez, dariam origem a um sistema mais justo e igualitário.

http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1320473