quinta-feira, novembro 08, 2007

Uma Coisa é Uma Coisa, Outra coisa é Outra Coisa - II


Em Portugal, continuam a dar brado os processos disciplinares. Apesar dos militares da Força Aérea terem visto suspensa, através de Providência Cautelar, a eficácia total do acto administrativo (o processo disciplinar) até ser provada a matéria de facto em Tribunal, a Força Aérea Portuguesa, considerou, para efeitos de apreciação para promoção, como se os referidos militares tivessem sido punidos de facto, e já demorou na promoção pelo menos um. Este acto ilegal já originou manifestações espontâneas de repúdio da classe, que se traduziram em faltas ao almoço em duas unidades pelo menos, no Comando Operacional da Força Aérea e na Base Aérea1.
Fonte: Associação Nacional de Sargentos, Boletim Electrónico n.º 2 , 11/07.

De facto uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa!
E aplicando esta premissa à notícia acima publicada, tem de se concluir mais uma vez que em Portugal uma coisa são os conceitos de Democracia, Justiça e Boas Práticas de Liderança – tudo descrito nos Manuais de Política, Direito e Gestão Organizacional (que se ensinam nas Universidades); outra coisa, são os conceitos de Autoritarismo Ditatorial, Manutenção Autoritária do Poder e Velhacaria “Pura e Dura” – tudo descrito no “Código do Corporativismo Autoritário Bacoco e Filha-putista de algum Poder” (que se ensina nos Gabinetes).

God save the “queens” of the government and his doggies commanders-in-chief.

3 comentários:

Kim disse...

Os cães sempre assustaram os gatos, apesar destes rosnarem.

Metralhinha disse...

Ainda há pouco estive a ver a notícia numa TV do polícia reformado compulsivamente em processo disciplinar apesar de absolvido em tribunal.

Que deve esperar o cidadão das suas forças de segurança (policiais e militares) quando nestas se violam princípios basilares dum estado de direito agarrando-se a formas de representação de poder absolutamente medievais.

RS disse...

Não pode esperar "coisa boa". Ao longo da história da humanidade, todos os autocratas argumentaram o "bem-estar" social como legitimação dos maiores atropelos democráticos cometidos pelas suas governações - a História afinal é repetitiva!
Por outro lado existe a questão do futuro da Democracia (todos por todos)que parece estar a derivar cada vez mais para a Demagogia (todos em proveito próprio, no interesse dos intervenientes) - vejamos se os casos TGV e OTA vão ter como critério principal na tomada de decisão, o interesse e o "bem-estar" dos cidadãos.