segunda-feira, novembro 29, 2010

HERÓIS DO MAR - FRACO POVO


“Fui grandemente surpreendida com as medidas de austeridade que o governo despachou para fazer frente à situação económica actual do país. Acho uma medida sensata! E confesso que, se vivesse em Portugal, não participava na greve, por considerar esta solução correcta - paguem os que mais recebem. Mas qual não foi o meu espanto, ao ler a aprovação ao regime de excepções aos cortes salariais. Mas que politica é esta? Será que em Portugal não há políticos honestos? Será que esta gente não vê a necessidade que há em limpar a sua reputação? Nem para isso já se dão ao luxo, roubar à descarada, sem a mínima preocupação em esconder as manobras do roubanço - com o povo que regem, não é de admirar!

Que gente estranha! Fazem greve quando os que mais ganham, têm que abdicar de uma parte do seu ordenado, mas ninguém pia quando é decidido que há excepções para os "criadores" deste regulamento. É mesmo uma República das Bananas, mas não pelo facto da classe política ser corrupta, mas mais por serem um povo de bananas - Heróis no mar e cobardes na Terra.”

Comentário de uma imigrante portuguesa na Alemanha.

WIKILEAKS


Revelações do WikiLeaks criam um "11 de setembro diplomático"
De Gabriela Calotti (AFP) – Há 1 hora
PARÍS — Os segredos da diplomacia americana, da espionagem dentro da ONU e dos principais dirigentes do mundo, foram revelados neste domingo pela publicação através do site Wikileaks de 250.000 documentos que ameaçam provocar uma crise diplomática mundial.
O WikiLeaks divulgou por meio de cinco jornais de referência mundial "250.000 documentos que desnudam a visão que os Estados Unidos têm do mundo", afirma uma destas publicações, o britânico The Guardian.
"O maior vazamento da história", como classifica nesta segunda-feira o jornal espanhol El País, as mais de 251.000 notas diplomáticas que, entre 2004 e 2010, foram trocadas entre o Departamento de Estado e inúmeras embaixadas, e que começaram a ser publicadas no domingo pelas versões eletrônicas do New York Times (Estados Unidos), Le Monde (França), El País (Espanha), The Guardian (Grã-Bretanha) e Der Spiegel (Alemanha).
Os documentos foram analisados por 120 jornalistas das cinco publicações, que consideraram que sua "missão era colocá-los à disposição dos leitores".
As postagens do Wikileaks indicam que os Estados Unidos ordenaram a seus diplomatas que atuassem mais ativamente no recolhimento de informações e realizassem tarefas de espionagem e também revelam as opiniões americanas sobre os líderes estrangeiros, além dos pedidos da Arábia Saudita para que o Irã fosse atacado por causa de seu programa nuclear.
Os documentos afirmam que os funcionários do Departamento de Estado tinham ordem de obter informações pessoais de altos funcionários da ONU e figuras-chaves de países em todo o mundo.
Os textos se referem a tarefas tradicionalmente reservadas à Agência Central de Inteligência (CIA) e outras agências de espionagem, que foram transmitidos a embaixadas americanas na África, Oriente Médio, Europa Oriental, América Latina e a missão de Washington ante a ONU.
Um dos documentos, por exemplo, enviado aos diplomatas em nome da secretária de Estado Hillary Clinton, em julho de 2009, ordena que sejam obtidos detalhes técnicos dos sistemas de comunicação dos principais funcionários da ONU, indica The Guardian.
Isso inclui palavras-chave e códigos de encriptação pessoais utilizados em redes comerciais e privadas para comunicações oficiais.
O New York Times indica que um documento assinado por Hillary pede a seus funcionários na ONU que obtenham "informação biográfica e biométrica dos principais diplomatas a Coreia do Norte".
The Guardian acrescenta que a ordem também visava ao recolhimento de dados do secretário-geral Ban Ki-moon, em especial sobre "seu estilo de gerenciamento e tomada de decisões, além de sua influência sobre o secretariado".
Washington também pede os números dos cartões de crédito, endereços eletrônicos, números de telefone, fax e, inclusive, as contas de passagens aéreas dos altos funcionários das Nações Unidas.
A ordem secreta para obter "inteligência humana nacional" foi enviada às missões dos Estados Unidos na ONU, Viena, Roma e 33 embaixadas e consulados.
As Nações Unidas anunciaram horas depois, em um comunicado, que "não se encontram em posição de comentar sobre a autenticidade dos documentos".
De qualquer maneira, disse confiar que os Estados membros respeitem a imunidade garantida à organização mundial.
Entre outros temas delicados, os documentos vazados pelo Wikileaks revelam, por exemplo, que o rei Abdullah da Arábia Saudita teria pedido aos Estados Unidos que ataquem o Irã para destruir o programa nuclear iraniano.
O monarca saudita teria solicitado que os Estados Unidos "cortassem a cabeça da serpente" e afirmou que trabalhar com Washington para contrabalançar a influência iraniana no Iraque era "uma prioridade estratégica para o rei e seu governo".
Segundo outro documento, Israel teria pressionado os Estados Unidos a adotar uma posição mais firme com relação ao Irã em dezembro de 2009, ao afirmar que a estratégia americana de negociação com Teerã "não funcionava".
As revelações também dizem respeito ao que os Estados Unidos pensariam dos principais líderes mundiais. O chefe de Estado italiano, Silvio Berlusconi, por exemplo, é considerado irresponsável, e suas colega alemã, a chanceler Angela Merkel, "pouco adepta dos riscos e raramente criativa".
Outros funcionários descrevem o presidente francês Nicolas Sarkozy como "suscetível autoritário" e afirmam que o presidente afegão Hamid Karzai é "extremamente fraco".
As suspeitas sobre uma possível presença da Al-Qaeda na "tríplice fronteira" entre Brasil, Paraguai e Argentina, a decisão de isolar o presidente venezuelano Hugo Chávez e as "suspeitas" em Washington a respeito da presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, são os primeiros assuntos sobre a América Latina revelados por estas notas diplomáticas.
Segundo o The Guardian, Washington pediu em 2008 a seus diplomatas que investigassem a possível presença da Al-Qaeda e de outros "grupos terroristas" islamitas na "tríplice fronteira". A região tem muitos imigrantes de países árabes e é cenário de uma arrecadação de fundos para organizações como o Hezbollah libanês ou o Hamas palestino, e está na mira desde o atentado de 1994 contra a mutual judaica AMIA de Buenos Aires (85 mortos).
O jornal El País revela os esforços americanos para "isolar" Chávez, sobre quem um conselheiro diplomático do presidente francês Nicolas Sarkozy afirmou que "está louco".
Hillary Clinton chega a solicitar informações sobre a saúde mental da presidente argentina, que desperta "suspeitas" e, Washington, indicam as notas.
Numa primeira reação, a Casa Branca condenou "nos termos mais fortes a publicação irresponsável e perigosa" desses documentos, afirmando que a iniciativa do WikiLeaks poderá fazer com que muitas pessoas corram riscos mortais.
"Que isto fique claro: tais revelações fazem nossos diplomatas correrem riscos", afirmou o porta-voz do presidente Barack Obama, Robert Gibbs.
Além disso, Londres, Paris, Berlim, Bruxelas e Roma condenaram a publicação "irresponsável e perigosa desses documentos", que, segundo Le Monde e The Guardian "estão desatando uma crise diplomática mundial", cujo impacto foi resumido pelo chanceler italiano, Franco Frattini: "É um 11 de setembro para a diplomacia mundial".
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quinta-feira, novembro 25, 2010

O ESPELHO


Precisa-se de matéria-prima para construir um País

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.

Agora dizemos que Sócrates não serve.
O que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.

Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.

Nós como matéria-prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a esperteza é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal e se tira um só jornal deixando-se os demais onde estão. 


Pertenço ao país onde as empresas privadas são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ….e para eles mesmos.


Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.


Pertenço a um país:

– Onde a falta de pontualidade é um hábito;
– Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
– Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
– Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
– Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é ‘muito chato ter que ler’) e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
– Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame.

– Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
– Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
– Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a
criticar os nossos governantes.
– Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
– Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.


Não. Não. Não. Já basta.

Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.


Esses defeitos, essa “chico-espertice portuguesa” congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,


eleitos por nós. Nascidos aqui, não noutra parte…


Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.

E não poderá fazer nada…
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.


Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?



Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados….igualmente abusados!

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda…


Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias.


Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.


Está muito claro… Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, tolerantes com o fracasso.


É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.


Sim, decidi procurar o responsável e estou seguro de que o encontrarei
Quando me olhar ao espelho.
Aí está. Não preciso de procurá-lo noutro lado.


Último artigo de Eduardo Prado Coelho no Público.

quarta-feira, novembro 24, 2010

EU SOU UM BOI


ESTE POVO NÃO PRESTA!
Acabava de entrar o ano de 1872. E o novo ano que chegava interrogava o ano velho. "'-Fale-me agora do povo", pedia o novo ano. E o velho: “-É um boi que em Portugal se julga um animal muito livre, porque lhe não montam na anca; e o desgraçado não se lembra da canga!” -"Mas esse povo nunca se revolta?" insistia o ano novo, espantada £ respondia o velho: “-O povo às vezes tem-se revoltado por conta alheia. Por conta própria, nunca" E uma derradeira questão:"- Em resumo, qual é a sua opinião sobre Portugal?" E a resposta lapidar do ano velho:"- Um pais geralmente corrompido, em que aqueles mesmos que sofrem não se indignam por sofrer”. Este diálogo deve-se a Eça de Queirós. O mesmo Eça que escreveu sobre o Portugal de então: "O povo paga e reza. Paga para ter ministros que não governam, deputados que não legislam (...) e padres que rezam contra ele. (...) Paga tudo, paga para tudo. E em recompensa, dão-lhe uma farsa" Estávamos, repito, em 1872.
Estamos obviamente a falar do povo português. Esta "raça abjecta" congenitamente incapaz de que falava Oliveira Martins. Este povo cretinizado, obtuso, que se arrasta submisso, sem um lamento, sem um queixume, sem um gesto de insubmissão, tão pouco de indignação e muito menos de revolta. Um povo que se deixa conduzir passivamente por mentirosos compulsivos como Sócrates ou Passos Coelho ou por inutilidades ignorantes como Cavaco Silva, não merece mais que um gesto de comiseração e de desdém. É vê-los nas televisões, por exemplo, filas e filas de gente acomodada, cabisbaixa, servil absurdamente resignada, a pagar as estradas que a charlatanice dos políticos tinha jurado "que se pagavam a si mesmas"! Sem qualquer tipo de pejo e com indisfarçável escárnio, o Estado obriga-os a longas filas de espera para conseguirem comprar e pagar o aparelho que lhes vai possibilitar a única forma de pagar as portagens que essa corja de aldrabões agora no poder, se lembrou de inventar! E eles passam a noite inteira à espera, se preciso for. E lá vão depois, bovinamente, de chapéu na mão, a mendigar a senha redentora que lhes dará o "privilégio de serem esbulhados electrónica e quotidianamente pelo Estado”. Um povo assim não presta, não passa de uma amálgama amorfa de cobardes. Porque, se esta gentinha "os tivesse no sítio" recusar-se-ia massivamente a pagar as portagens. E isso seria o suficiente para que os planos governamentais ruíssem como um castelo de cartas. Mas não. Esta gente come e cala. Leva porrada e agradece. E a escumalha de medíocres que detém o poder, rejubila e escarnece desta populaça amodorrada e crassa que paga o que eles quiserem quando e como eles o definirem. Sem um espirro de protesto, sem um acto de revolta violenta, se preciso for. Pelo contrário. Paga tudo, paga para tudo. Sem rebuço, dóceis, de chapéu na mão, agradecidos e reverentes, como o poder tanto gosta. E demonstram-no publicamente, disso fazendo gala. Como eu vi, envergonhada a imagem de um homenzinho ostentando um sorriso desdentado e exibindo perante as câmaras da TV o aparelhinho que acabara de pagar, como se tivesse ganho uma medalha olímpica,
Esta multidão anestesiada espelha claramente o pais que somos e que, irremediavelmente, continuaremos a ser - um pais estúpido, pequeno e desgraçado. O "sítio" de que falava Eça, a "piolheira" a que se referia o rei D. Carlos. "Governado" pelas palavras "sábias" de Alípio Severo, o Conde de Abranhos, essa extraordinariamente actual criação queirosiana, que reflecte bem o segredo das democracias constitucionais. Dizia o Conde: "Eu, que sou governo, fraco mais hábil dou aparentemente a soberania ao povo Mas como a falta de educação o mantém na imbecilidade e o adormecimento da consciência o amolece na indiferença, faço-o exercer essa soberania em meu proveito..” Nem mais. Eis aqui o segredo da governação. A ilustração perfeita com que o rei D. Carlos nos definia há mais de um século: "Um país de bananas governado por sacanas". Ontem como hoje. O verdadeiro esplendor de Portugal.

 Luís Manuel Cunha (Professor), 27-10-2010 - Sinais dos Tempos - Jornal de Barcelos

SALVEM OS RICOS

terça-feira, novembro 23, 2010

AJUDA DE BERÇO

Esta instituição está em sérias dificuldades de continuar a sua missão social. Para ajudar a Ajuda de Berço a não fechar as portas, pode-se contribuir de várias formas, como por exemplo ligar para o 760300410 (chamada com o custo de 0,60€ “ para todas as redes ) . Eu já liguei.
http://www.ajudadeberco.pt/ab/?page_id=22

sábado, novembro 20, 2010

PEDANTOCRACIA

LAMEGO
Nome Completo
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Aurélio Paulo da Costa Henriques Barradas
Data de Nascimento
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02-01-1963


Habilitações Literárias
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Licenciatura em Humanidades
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Mestrado em História e Cultura Medieval Portuguesa
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Frequência de Doutoramento em História Medieval
Profissão
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Professor do Ensino Secundário

Cargos que desempenha
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Deputado na XI Legislatura;
Cargos exercidos
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Membro da Assembleia Municipal de Lamego
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Chefe de Divisão do Complexo Desportivo de Lamego (IDP)
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Deputado na X Legislatura;

Comissões Parlamentares a que pertence
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Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas
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Comissão de Educação e Ciência [Suplente]
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Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local [Suplente]




PEDANTOCRACIA - Predomínio ou influência dos pedantes ou dos medíocres ambiciosos. (De pedante+gr. krátos, «força» +-ia)


PEDANTOCRACIA - Predomínio dos pedantes no governo da nação.

terça-feira, novembro 16, 2010

FÁTIMA LOPES



Chama-se "Agora é que conta", passa na TVI" e é apresentado por Fátima Lopes. O programa começa com dezenas de pessoas a agitar uns papéis. Os papéis, são contas por pagar; reparações em casa, prestações do carro, contas da electricidade ou de telefone. A maioria dos concorrentes parece ter, pelo que diz, muito pouca folga financeira. E a simpática Fátima, sempre pronta a ajudar, em troca de umas figuras mais ou menos patéticas para o País poder acompanhar, presta-se a pagar duzentos ou trezentos euros de dívida. "Nos tempos que correm", como diz a apresentadora - e "os tempos que correm" quer sempre dizer crise, a coisa sabe bem. No entretenimento televisivo, o grotesco é quase sempre transvestido de boas intenções.
Os concorrentes prestam-se a dar comida à boca a familiares enquanto a cadeira onde estão sentados agita, rebolam no chão dentro de espumas enormes ou tentam apanhar bolas de ping-pong no ar. Apesar da indigência absoluta do programa, nada disto é novo. O que é realmente novo são as contas por pagar transformadas num concurso "divertido".
Ao ver aquela triste imagem e a forma como as televisões conseguem transformar a tristeza em entretenimento, não consigo deixar de sentir que esta é a "beleza" do Capitalismo: tudo se vende, até as pequenas desgraças quotidianas de quem não consegue comprar o que se vende.
Houve um tempo em que gente corajosa se juntava para lutar por uma vida melhor e combater quem os queria na miséria. E ainda há muitos que não desistiram. Mas a televisão conseguiu de uma forma extraordinariamente eficaz o que os séculos de repressão nem sonharam: pôr a maioria a entreter-se com a sua própria desgraça. E o canal ainda ganha uns cobres com isso. Diz-se que esta caixa mudou o Mundo. Sim: consegue pôr tudo a render. Até as consequências da maior crise em muitas décadas.
Entretanto a apresentadora recebe 40.000€ por mês. Foi este o valor da transferência da SIC para a TVI. Uma proposta irrecusável segundo palavras da própria.
A pobre da Fátima Lopes só ganha 1290 euros por dia, a brincar com a miséria dos outros. Pobre povo português, sem alternativas, mas miseravelmente felizes.

Texto enviado por e-Mail.

sexta-feira, novembro 12, 2010

BLACK BLOC



Black bloc é o nome dado a uma estratégia de manifestação e protesto anarquista, na qual grupos de afinidade mascarados e vestidos de negro se reúnem com objetivo de protestar em manifestações anti-globalização e/ou anti-capitalistas, conferências de representacionistas entre outras ocasiões, utilizando a propaganda pela ação para questionar o sistema vigente.
As roupas e máscaras negras que dão nome à estratégia são usadas para dificultar ou mesmo impedir qualquer tipo de identificação pelas autoridades, também com a finalidade de parecer uma única massa imensa, promovendo solidariedade entre seus participantes e criando uma clara presença revolucionária.
OS Black bloc’s diferenciam-se de outros grupos anti-capitalistas por rotineiramente utilizarem a destruição da propriedade para chamar atenção para a sua oposição contra as corporações multinacionais e aos apoios e às vantagens recebidas dos governos ocidentais por essas companhias. Um exemplo desta atividade é a destruição das fachadas de lojas como as: McDonald's, Starbucks, Old Navy, e outros locais relacionados às corporações no centro de Seattle, durante as manifestações contra a Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio de 1999.
Concepção errada
Existe um entendimento, principalmente entre os noticiários dos “media”, que o "black bloc" é uma organização internacional de algum tipo. No entanto, não é mais que uma tática utilizada por grupos de manifestantes sem muitas conexões. Existem vários grupos black bloc dentro de uma única manifestação, com diferentes formas e táticas.
Perseguição política
Os black bloc têm sofrido diversas pressões da polícia e do Estado para ser desmobilizados. Infiltrações de agentes do Estado e fascistas, que por vezes colocam uma máscara para desmobilizar a ação dos coletivos, acabam por gerar um Black bloc mais organizado taticamente no que concerne ao combate e reconhecimento destes agentes.