Em 31 de Janeiro comemora-se o aniversário da histórica revolta republicana que aconteceu na cidade do Porto no ano de 1891.
A revolta de 31 de Janeiro foi a primeira tentativa de implantação do regime republicano em Portugal.
As novas ideias do republicanismo começam a proliferar no país.
O ultimato inglês acentua o descontentamento generalizado e o sentimento patriótico dos portugueses. Com este sentimento surge o desejo de mudar de sistema político.
O sentimento de indignação social e patriótico dos portugueses, que varreu o país em protesto pela capitulação do governo monárquico perante as exigências do ultimato inglês, representou a primeira expressão revolucionária do movimento republicano que sairia vitorioso quase duas décadas depois, em 5 de Outubro de 1910.
O ideal da República tinha raízes no Porto. É a cidade que elege o primeiro deputado republicano do país, Rodrigues de Freitas (1870-74). Durante a crise moral do Ultimatum os estudantes do Porto tomaram uma posição de relevo. Em 1886, são organizadas greves a que aderem milhares de portuenses.
A crise de governo que se viveu no período, exaltou os ânimos dos militares da guarnição do Porto, que com o apoio das Forças Armadas, a 31 de Janeiro, promoveram a primeira revolução republicana. Mas, sem o apoio das forças políticas, nem a generalidade dos militares, os revoltosos tiveram que capitular perante a superioridade das forças fiéis à monarquia. Apesar de ter fracassado, as notícias da revolta do Porto emocionaram o país.
As origens do movimento são obscuras, mas o 31 de Janeiro foi um movimento eminentemente popular,executado por sargentos e cabos e apoiado pelo povo anónimo das ruas.