"Editor e tradutor de revista Gina homenageado em salão erótico.
O editor e tradutor da revista Gina, lançada há 35 anos em Portugal, vai ser homenageado pelo salão erótico de Lisboa. Considerada um best-seller quando chegou a Portugal, agora praticamente não é procurada, sendo difícil encontrá-la à venda.
A organização do salão erótico de Lisboa presta, esta sexta-feira, homenagem a Mário Gomes, editor e tradutor da revista Gina, lançada em Portugal há 35 anos, em Setembro de 1974, pouco depois do fim da ditadura.
«Foi ideia do meu irmão Acácio Gomes quando visitou a Feira do Livro de Frankfurt que normalmente visitava. Viu na altura a revista Gina que estava lá em exposição e como tinha acabado a censura em Portugal lembrou-se de publicá-la também aqui», explicou Mário Gomes.
Pouco meses depois da sua chegada a Portugal, a revista Gina já vendia mais do que a Crónica Feminina, uma vez que, como conta Mário Gomes, «os primeiros números foram logo um êxito fabuloso para o nível de vendas de revista que havia nessa altura».
«Exceptuando a Crónica Feminina, não havia mais revista que vendesse acima dos 10 ou 15 mil exemplares no máximo dos máximos. Naquela altura, a primeira tiragem foi à volta dos 30 mil e esgotou de um dia para o outro», recordou.
Depois da morte do irmão, Mário Gomes sobrevive como editor numa altura em que ainda há gente que procura e colecciona a revista Gina, «considerada um best-seller em Portugal nas revistas a todos os níveis».
A revista, que custava 30 escudos, ou seja, cinco por cento do salário nacional, quando chegou a Portugal, ainda pode ser encontrada em poucos alfarrabistas, tendo a reportagem da TSF a encontrado num alfarrabista da rua do Bonjardim.
Teresa Soares explicou que quem mais procura a revista são os mais jovens que ainda não eram nascidos quando a Gina chegou a Portugal que são atraídos por histórias contadas por pessoas de outras gerações.
Apesar disto, são poucos os interessados nesta revista cujos exemplares estão agora guardados num cantinho da loja desta alfarrabista e que Teresa Soares pretende vender através da Internet, uma vez que por este meio será mais fácil vendê-las, até porque as pessoas não têm de se identificar."
TSF On-line 30-10-09