terça-feira, julho 29, 2008

CÂNCER


Gestores públicos receberam 27 milhões.
EMPRESAS DO ESTADO. Os encargos com a remuneração das administrações das empresas públicas subiram no ano passado 30%. As Finanças dizem que os dados de 2006 e 2007 não são comparáveis, mas admitem que o número de gestores subiu com os administradores não executivos
Cada gestão custou 349 mil euros em 2007.
Ana Suspiro, DN on-line, 29 de Julho de 2008


Os gestores do SEE (Sector Empresarial do Estado) financiam alguns partidos políticos e algumas “negociatas” através das empresas que gerem e os políticos encobrem e remuneram muito bem estes seus “servidores”. Trata-se de uma simbiose inevitável com que o nosso país já se acostumou a viver. É um cancro maligno, completamente disseminado por todo o território nacional, que os portugueses vão ter de alimentar e sustentar toda a vida.
Assim, continuemos a votar no “grande centrão” (PS/PSD), para dar continuidade à existência do “Grande Tumor”!

domingo, julho 27, 2008

CORRUPÇÃO

Grupo parlamentar reage às críticas do ex-deputado.
PS diz que não recebe lições de Cravinho no combate à corrupção.
27.07.2008 - 18h14 Lusa, PÚBLICO

É evidente que o PS, em matéria de corrupção, não recebe lições de Cravinho. Nem de Cravinho nem de ninguém! Era o que mais faltava; os mestres da dita receberem lições dos aprendizes!

Rio de Janeiro ou Baghdad?

Rio de Janeiro
Número de mortos em confrontos com a polícia continua a aumentar
O número de mortos em confrontos com a polícia do Rio de Janeiro continuou a subir e alcançou uma cifra recorde - 649 mortes nos primeiros cinco meses deste ano, revelaram sexta-feira fontes oficiais.
SIC online, 26-07-2008 10:17

É realmente impressionante!

sexta-feira, julho 25, 2008

Heróis do Ar!


Contenção de custos.
Gestores da TAP reduzem os seus próprios salários em 10% e abdicam dos prémios.
Num esforço de contenção de custos, os administradores da TAP decidiram reduzir em 10% os seus salários e abdicar dos prémios, em 2008, independentemente dos resultados da empresa no final do exercício, noticiou o site do Expresso citando "fonte oficial da empresa".

Não defendo o culto do trabalho mal pago, seja em que cargo for. Defendo o culto do trabalho bem pago e defendo igualmente a diferenciação salarial mediante responsabilidade e grau de dificuldade de funções a exercer, bem como defendo o sistema de diferenciação através do mérito profissional.
É evidente que não estou a falar de algo que aconteça em Portugal.
Mas a notícia que deu origem a esta publicação refere algo que aconteceu neste país e que é inédito: os gestores da TAP acordaram reduzir o salário em 10% e abdicam de prémios.
A notícia só por si não é motivo de júbilo (era bom que a TAP tivesse lucros avultados), é-o pelo exemplo que estes gestores dão a todas as pessoas que trabalham na TAP e a quem se está a pedir esforços de contenção salarial.
Não há pior exemplo para um trabalhador de uma qualquer organização, do que aquele dado por ex. pelos gestores da EDP: num período em que a empresa não soma lucros, a administração decide auto-aumentar as suas remunerações em mais de 100%. Isto sim é uma empresa com gestores verdadeiramente portugueses (tugas)!

terça-feira, julho 22, 2008

Politicamente Incorrecto!

Quinta da Fonte: Portas critica falta de autoridade do Estado.
(…) “quem está em Portugal, tendo ou não nacionalidade portuguesa, está obrigado a cumprir a lei”.
“Há um Portugal que trabalha, paga os seus impostos e luta duramente para pagar prestações no fim do mês; e depois há outro Portugal em que demasiadas pessoas vivem subsidiadas pelo Estado, estão no rendimento mínimo como forma de vida, beneficiam de rendas simbólicas e ainda se acham no direito de não as pagar”, denunciou.
“Os portugueses que trabalham e pagam impostos não têm de custear estes comportamentos” (…)
Público on-line - 22.07.2008 - 19h55 Lusa

Já é tempo para os políticos começarem a falar verdade e deixarem-se do “politicamente correcto”. É preciso colocar “o dedo na ferida” para se resolverem os problemas do país e não agradar a minorias ou maiorias conforme as circunstancias, a fim de se obterem votos.
É que dessa forma os votos são ganhos, mas perdem os cidadãos e o país!

segunda-feira, julho 21, 2008

Limpeza étnica

O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. "Perdi tudo!" "O que é que perdeu?" perguntou-lhe um repórter.

"Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem..." Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos autodesalojados da Quinta da Fonte. A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga "quatro ou cinco euros de renda mensal" pelas habitações camarárias. Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que "até a TV e a playstation das crianças" lhe tinham roubado. Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul. É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam "quatro ou cinco Euros de renda" à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo. É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a "quatro ou cinco euros mensais" lhes sejam dados em zonas "onde não haja pretos". Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade. O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - "ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos." A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e autodenominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil. Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala. Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.
Mário Crespo, JN online, 21 de Julho de 2008, 00h.30m.

domingo, julho 20, 2008

Pobreza Disfarçada

"Não estamos a falar de idosos, dos típicos desempregados, mas de pessoas com menos de 40 ou 45 anos que se calhar não deixam de pagar a netcabo nem desmarcam as férias na agência de viagens mas passam fome".
Manuel de Lemos [presidente da União das Misericórdias], DN, 20-07-2008

Está cada vez mais a descobrir-se uma nova classe social: “Os Pobres Disfarçados”.
Pelas razões mais diversas, estas pessoas adquiriram um “Status" Social, que também pelas mais diversas razões deixaram de poder ter (aumento da taxa de juro do empréstimo à habitação; aumento dos combustíveis; aumento do preço dos alimentos; aumento da mensalidade da creche dos filhos; ordenados que não aumentam, um membro do agregado familiar ficou sem emprego, etc.). Mas querem continuar a manter esse “Status" que adquiriram por via de empréstimos bancários e querem continuar a mostrar o “Audi A4” ou o “BMW 320D" ou o “Mercedes 200 Classe C” que importaram da Alemanha - com mais de 500 mil Kms, mas que parecem novos e fazem roer de inveja os vizinhos e amigos. Também não desistem da televisão por cabo porque isso actualmente também é um sinal de pobreza e implica diminuição de “Status”.
Então, quando o dinheiro não chega para tudo isto, onde se corta financeiramente, de uma forma que os outros não percebam? Naquilo que não é visível. Na alimentação!
Eis os novos pobres!

sexta-feira, julho 18, 2008

Não Baixar os Braços!

Cavaco Silva pede aos portugueses para "não baixarem os braços" perante a crise.
Lusa, In Público on-line, 17.07.2008 - 19h41

Para não baixarem os braços e continuarem a trabalhar precariamente;
Para não baixarem os braços e continuarem a ver o n.º de pobres com emprego, aumentar;
Para não baixarem os braços e continuarem a assistir ao desaparecimento da classe média;
Para não baixarem os braços e continuarem a trabalhar mais por menos dinheiro;
Para não baixarem os braços e continuarem a viver num país em que a média da diferença salarial entre topo e base é de 35 vezes, enquanto a média da EU é de 5 vezes;
Para não baixarem os braços e continuarem a alimentar a corrupção existente;
Para não baixarem os braços e continuarem a pagar as 3 reformas mais ordenado do Presidente da República;
Para não baixarem os braços …

quarta-feira, julho 16, 2008

Vale Tudo!

Doutoramento de membro do Governo.
Bronca na Faculdade de Direito de Lisboa.

Carlos Lobo, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, presta amanhã, quarta-feira, provas de doutoramento. Dois sócios seus, Eduardo Paz Ferreira e Luís Silva Morais, integram o júri. Saldanha Sanches, também nomeado, recusa estar presente, pois o veredicto”pode ser parcial”.
João Silvestre, Mónica Contreras e Paulo Paixão, Expresso Online, Terça-feira, 15 de Julho de 2008.

Diz-se que um presidente de um clube de futebol costumava dizer que não necessitava de gastar muito dinheiro com jogadores, preferia investir em árbitros porque saia mais barato e era mais eficaz.
Este parece ser um caso algo semelhante.

PS: Parece que esta moda de conseguir obter graus académicos de forma duvidosa começa a fazer escola nos meandros do PS.

terça-feira, julho 15, 2008

Uns e Outros



Isabel Guerreiro In, O Diabo, 2008-07-15 - Semanal/ 3ªfeira

Atenção que eu não estou contra os diplomatas.
Tenho é de arranjar forma de me transferir do Ministério da Defesa para o Ministério dos Negócios Estrangeiros!

sexta-feira, julho 11, 2008

Um País Maravilhoso!

O défice está abaixo dos 3%;
A taxa de desemprego está abaixo da média europeia;
Os alunos do ensino secundário aumentaram o seu quociente de inteligência exponencialmente no espaço de um ano;
A corrupção na economia e no desporto são praticamente inexistentes, pois não existem condenados pela Justiça portuguesa (excepto o Vale e Azevedo);
O Porto, o Sporting e o Benfica ultimam as contratações para o novo ano futebolístico;
Carlos Queirós regressou à selecção nacional de futebol.
Enfim, o país vive uma situação de plena harmonia económica e social e tudo corre bem, sem percalços significativos.

Ah, entretanto dizem que houve uma “rixazita” para os lados de Loures.
E dizem também que Portugal continua a ser o país com maiores desigualdades económicas e sociais na União Europeia.
Mas essas são, certamente, insinuações perpetradas por pessimistas e por “Velhos do Restelo”.

Sem Crédito

Finanças recusam crédito à Defesa.
O Ministério das Finanças recusou dar ao Ministério da Defesa um adiantamento de 10 milhões para pagar o complemento de pensões dos militares das Forças Armadas até ao final deste ano. Para obter esta verba, destinada a reforçar o Fundo de Pensões, o ministério de Nuno Severiano Teixeira deu como garantia financeira um terreno militar localizado no Barreiro, mas a equipa de Teixeira dos Santos recusou a proposta. (…)
António Sérgio Azenha, Correio da Manhã On-line, Sexta-feira, 11 de Julho de 2008 - 11:25

Ou seja, para pagar aos seus elementos, as FA’s já têm de “vender os anéis”.

quarta-feira, julho 09, 2008

É Fartar Vilanagem! 2


Ministro diz que vai mandar investigar forma como redução do IVA tem sido aplicada
O ministro das Finanças admite mandar investigar como é que a redução do IVA tem sido aplicada. No Parlamento, Teixeira dos Santos respondeu a dúvidas levantadas pelo PCP.
O Governo diz que o caso da redução do IVA vai ser investigado, uma garantia dada pelo ministro das Finanças confrontado pelo PCP.
De facturas na mão, o deputado do PCP, Honório Novo, mostrou como a baixa do IVA ainda não tem reflexo no bolso de quem compra, por exemplo, uma garrafa de gás butano.
«Tenho aqui duas facturas da mesma empresa Galp, uma do final de Junho com taxa de IVA de 21 por cento, cujo preço final ao cliente é de 20,25 euros; outra do início de Julho, taxa de IVA de 20 por cento, preço final de 20,25 euros, ou seja, o mesmo», exemplificou.
No entender de Honório Novo, tal corresponde a «uma verdadeira burla».
Na resposta, Teixeira dos Santos disse agradecer a atenção para com a situação, sublinhando que «vão ser pedidas explicações para o facto ilustrado».
No Parlamento, Teixeira dos Santos ouviu ainda a oposição acusar o Governo de ter «acordado tarde» para a crise, ao mesmo tempo que sublinhou o peso dos sucessivos aumentos das taxas de juro.
Sem se comprometer, o ministro deixou, no entanto, antever que os líderes europeus possam reponderar o mandato do BCE.
Sobre o caso denunciado pelo PCP, a TSF pediu à Galp que garante que, em função da descida do IVA, o preço de uma botija de gás butano caiu 15 cêntimos.

A Galp explica que um erro informático foi responsável pelas facturas apresentadas pelo PCP.

TSF Online, 09-07-08, 14:59H.

ERRO QUÊ???

Parafraseando os “Gato Fedorento”, “Era apanhá-los. Bandidos!”

Evolução Tecnológica e Ambiental

Memorando entre Governo e Renault- Nissan.
Sócrates: automóveis eléctricos irão pagar apenas 30 por cento do imposto automóvel.
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que o Governo está a estudar um modelo fiscal para permitir que os futuros carros eléctricos, sem emissões poluentes, possam pagar 30 por cento do actual imposto automóvel.
O anúncio de Sócrates foi feito na cerimónia de assinatura de um memorando entre o Governo e a Renault-Nissan para a comercialização em Portugal de um veículo eléctrico a partir de 2011.
09.07.2008 - 12h20 Lusa, PÚBLICO Online

Neste particular parece que estamos no bom caminho.

terça-feira, julho 08, 2008

É Fartar Vilanagem!




Duas facturas com oito dias de diferença.
O IVA realmente baixou, mas o TOTAL permaneceu o mesmo - 20,25€.
Portugal não é um país de vigaristas, mas é um país com muitos vigaristas!

segunda-feira, julho 07, 2008

Geração Prozac

Para onde aponta esta arma secreta?
Medicação. A revista Time lançou o debate. Os anti depressivos instalaram-se entre os militares. Em Portugal a polícia usa-os. A arma-comprimido pode ser perigosa
Por Hélder Beja.

Há uma nova arma entre as tropas norte-americanas que combatem no Iraque e Afeganistão. É minúscula, poderosa e, apesar de não ser cortante, funciona, por assim dizer, como uma faca de dois gumes: ajuda o militar a recuperar anímicamente e a manter a calma, mas pode também virar-se contra ele: dos 115 militares dos Estados Unidos da América (EUA) que cometeram suicídio em 2007, 40 por cento tomavam anti depressivos.
Em Junho, o artigo de capa da revista Time lançou a discussão sobre a natureza bipolar de fármacos como o Prozac. O artigo, assinado pelo jornalista Mark Thompson, dizia que «pela primeira vez na história, um número considerável de tropas em combate está a tomar doses diárias de anti depressivos».
Os medicamentos têm «não apenas o propósito de ajudar as tropas a manter a calma, mas também de permitir ao exército preservar o seu recurso mais precioso: as linhas da frente».
O Prozac foi «admitido» nas forças armadas norte-americanas em 1987 mas foi já no final da década de 1990, e especialmente desde o começo do conflito no Iraque (2003), que o seu uso por tropas em combate se generalizou.
Em Portugal, as polícias? Tanto as que estão em missão no estrangeiro como as que estão em território nacional? Também recorrem a fármacos. «Os anti depressivos são uma ferramenta como as outras que, em certos casos, pode e deve ser usada», diz ao SEXTA a psicóloga do Sindicato de Profissionais da Polícia, Sandra Sofia Coelho. De acordo com a especialista, «tem havido cada vez mais pedidos de consultas por parte de jovens agentes». Em muitos casos «consegue evitar-se o recurso a fármacos», noutros «a consulta psiquiátrica, a medicação e o desarmamento» é a solução.
Já o Gabinete do Chefe do Estado-Maior do Exército garante que as tropas lusas não recorrem a anti depressivos durante as missões. «As nossas tropas não usam nada disso», reitera o capitão Siborro Alves, relações públicas.
«Não adoptámos esses medicamentos. Antes de uma missão, os nossos psicólogos avaliam os militares e quem não estiver apto não vai. O acompanhamento é contínuo durante a missão», acrescenta o capitão. Acompanhamento que não andará certamente próximo do prestado aos 30 mil militares norte-americanos no Iraque e Afeganistão, através de 200 especialistas em saúde mental.
Tropas portuguesas pacíficas.
As situações vividas por militares portugueses e norte-americanos em missão são, na maior parte das vezes, distintas. Como refere ao SEXTA o general Loureiro dos Santos (ver entrevista nestas páginas), nas mais recentes missões portuguesas «a tensão tem sido moderada».
«Da última vez estive destacado perto de Díli, em Timor, numa missão das Nações Unidas. E claro que há várias situações de perigo iminente em países que estão a cimentar jovens democracias», refere ao SEXTA um agente da Polícia de Segurança Pública que prefere manter o anonimato. Mas o principal objectivo é o da «manutenção da ordem e da paz» e raramente há registo de baixas, acrescenta.
Diferente é a situação das tropas norte-americanas. O relatório citado pela Time, referente a 2006, mostra bem a violência mental a que têm sido sujeitas: dois terços dos militares inquiridos conheciam pelo menos um outro que tivesse sido morto ou capturado. E apenas 15 por cento desses homens tinha a certeza de que o seu camarada teria morto algum inimigo em combate.
«Uma bomba enorme rebentou com a cabeça do meu amigo a menos de 50 metros de mim.» Relatos como este, reproduzidos no artigo, não se encontram entre os militares lusos? O exemplo mais próximo será o da Guerra Colonial. Nos palcos onde operam os EUA, a violência aliou-se à impotência e fomentou o surgimento de distúrbios mentais. O recurso a fármacos foi consequência natural: em 2007, 12 por cento das tropas de combate no Iraque e 17 por cento das presentes no Afeganistão estavam sob o efeito de anti depressivos ou comprimidos para dormir. E, diz a Time, a estatística subestima a realidade.
O mea culpa da sociedade
O uso militar de anti depressivos reflecte o seu crescente uso por parte da população civil. Nos EUA, em 2004, foram passados 147 milhões de receitas.
Em Portugal, a venda de Prozac e afins também voltou a subir em 2006, depois de uma ligeira queda em anos anteriores. De acordo com dados do Infarmed divulgados em Fevereiro, comercializaram-se mais de seis milhões de embalagens de anti depressivos. As despesas com estes medicamentos rondaram os 158,5 milhões de euros.
Especialistas ouvidos pela Time desconfiam do uso deste fármaco em cenários de guerra. Principalmente por militares integrados em missões consecutivas, como é o caso. O comprimido pode apaziguar distúrbios mentais mas, acredita-se, também pode inflamá-los. São os perigos da nova arma branca.
Sexta – Abola – Público Online, 07-07-08.

sexta-feira, julho 04, 2008

Águas Turvas


“Águas de Portugal” com prejuízos de 75 milhões distribui 2,3 em prémios.
Relatório denuncia gastos exagerados com viaturas de serviço e prémios de incentivo
JN Online 04-07-08 Reis Pinto

"Situação económico-financeira débil" e gastos de 4,8 milhões de euros com viaturas de serviço e prémios de incentivo. O Tribunal de Contas não poupa o grupo Águas de Portugal e recomenda a "imediata reestruturação".
O Tribunal de Contas, num relatório em que analisa a actividade da holding entre 2003 e 2006, e ontem divulgado, aponta como causas da má situação económico-financeira a internacionalização do grupo, que se traduziu num "falhanço empresarial" e "a excessiva fragmentação do sector", por via da criação de "demasiadas unidades empresariais", algumas das quais "não estão a conseguir ser auto-sustentáveis".
O documento destaca que apenas três empresas do grupo (EPAL, a Águas do Douro e Paiva e a Sanest - Saneamento da Costa do Estoril) apresentaram lucros e é particularmente crítico com a internacionalização, que se traduziu no acumular de resultados negativos.
"O AdP foi utilizado como instrumento da política externa do Governo português, tendo sido incentivada a sua expansão pelos mercados onde o Governo desenvolvia acções de cooperação. Esta decisão teve fortes impactos negativos para o grupo empresarial", refere o Tribunal de Contas.
Apesar dos "resultados operacionais negativos" de 75,5 milhões de euros entre 2004 e 2006 foram atribuídos, naquele período, prémios de incentivo no valor de 2,3 milhões de euros. O TC realça que "a política de atribuição dos prémios não está assente num sistema indubitavelmente claro e transparente, nem está associado à concretização de objectivos, já que no grupo não existe avaliação de desempenho por objectivos, orientado para resultados".
O Tribunal de Contas sublinhou, igualmente, que as empresas do grupo atribuem viaturas de serviço, com plafond de combustível, a administradores e a alguns funcionários. No período em análise, e nas sete empresas consideradas no relatório, foram gastos 2,5 milhões de euro, 478 mil dos quais respeitantes a combustível. (...)

Que dizer mais deste país?

É incrível! Este tipo de notícias nunca mais têm fim neste país (ou equívoco com 861 anos de existência).
É por isto e por outras situações complicadas e sem explicação para os cidadãos como esta, que o país não sai do atrofio económico e social em que se encontra.
E depois a culpa é da conjuntura internacional, não é do ROUBO constante, vil e atroz que estas sanguessugas políticas e económicas não param de praticar no país!
E quem vai pagar mais um desfalque como este ao erário nacional? O contribuinte – através do Orçamento do Estado ou dos impostos, ou o consumidor – através do aumento das tarifas de consumo de água, ou ambos através das duas medidas.

Esquerda? Direita? Já não me interessa nada disso. O que me interessa é que está um conjunto de gente há tempo a mais no poder, que não param de sorver a riqueza nacional em favor próprio ou de grupos económicos ou de alguns partidos, qual CANCRO sorve um qualquer organismo biológico vivo.
Mas os (alguns) Cancros também se removem!

As eleições são já em 2009!

quarta-feira, julho 02, 2008

Solidariedade Lusa!

Portugueses de Nova Iorque angariam dinheiro para operação a menino.

A comunidade portuguesa do estado de Nova Iorque angariou 110 mil dólares (70 mil euros) para Pedro Santos, o menino que viajou de Braga aos Estados Unidos à procura da cura para a leucemia num hospital de Long Island
Esta quantia vai ajudar a pagar os cerca de 300 mil dólares (cerca de 190 mil euros) que custa o tratamento, que inclui um transplante de medula no hospital Pediátrico Scheneider.
Segundo Custódio Santos, o pai de Pedro, o tratamento está a «correr bem e lá para Agosto deve ser feito o transplante, pois já foi encontrado um dador compatível». (…)
SOL Online, 4.ª-feira, 2 Julho de 2008.

Este sim é um “campeonato” bem ganho!
O outro, o do futebol, é de menor importância.
Vivam os portugueses de Nova Iorque e muita felicidade para o Pedro Santos!

terça-feira, julho 01, 2008

Incapacidade!

Menina inglesa desapareceu em Maio do ano passado no Algarve
Caso Maddie: Polícia Judiciária encerra relatório da investigação
Os investigadores da Polícia Judiciária deram por terminado o inquérito ao caso Maddie, menina inglesa que desapareceu a 3 de Maio do ano passado no Algarve, sem apontar culpados. Depois de 14 meses, o caso poderá ser arquivado.
Clix - 01.07.2008 - 08h32 PUBLICO.PT

Pronto! Agora é assumido. Fomos incapazes!