domingo, outubro 29, 2006

Ironias - LXXXVI - Caricaturas

Fases do ensino em Portugal


1ª fase (antes de 1974): O aluno ao matricular-se ficava automaticamente chumbado. Teria de provar o contrário ao professor;

2ª fase (até 1992): O aluno ao matricular-se arriscava-se a passar;

3ª fase (actual): O aluno ao matricular-se já transitou automaticamente de ano, salvo casos muito excepcionais e devidamente documentados pelo professor, que terá de incluir no processo, obrigatoriamente um "curriculum vitae" extremamente detalhado do aluno e nalguns casos da própria família;

4ª fase (em vigor a partir de 2007): O professor está proibido de chumbar o aluno; nesta fase quem é avaliado é o próprio professor, pelo aluno e respectiva família, correndo o risco quase certo de chumbar.

EFEMÉRIDES - V - ARPANET

ARPANET (Arpanet, de Advanced Research Projects Agency Network)

Rede de computadores criada em 29 de Outubro de 1969 pelo Departamento de Defesa norte-americano, interligando, na altura, instituições militares, e à qual, em meados de 1970, várias universidades aderiram, dando origem à actual Internet.

FDS - Líderes do Século XX - XXIX - Palme

Olof Palme

Estadista sueco, nasceu em 1927, em Estocolmo e faleceu em 1986, vítima de assassinato ainda por esclarecer. Foi líder do Partido Trabalhista Social-Democrata da Suécia e primeiro-ministro por duas vezes (1969-1976 e 1982-1986). Atacou a política norte-americana no Vietname e aceitou desertores do Exército americano que procuravam refúgio na Suécia. Esta decisão conduziu a um período de relações tensas entre os dois países. Olof Palme negou sempre tratarem-se de exilados políticos, uma vez que provinham de um país livre. Por outro lado, foi sempre um homem atento aos problemas da segurança europeia. Foi ainda mediador, como enviado das Nações Unidas, na Guerra Irão-Iraque.
© 2004 Porto Editora, Lda.

FDS - Líderes do Século XX - XXVIII - Brandt

Willy Brandt

Político alemão, de nome verdadeiro Herbert Ernst Karl Frahm, nascido em 1913 e falecido em 1992, líder do Partido Social-Democrata de 1964 a 1987 e chanceler da República Federal da Alemanha de 1969 a 1974. Foi membro activo da resistência anti nazi, na Noruega, a partir de 1933. Foi ainda um activo jornalista. Em 1957 foi presidente da Câmara de Berlim Ocidental. Tornou-se internacionalmente conhecido quando a União Soviética exigiu a desmilitarização da RFA, em 1958, e quando o muro de Berlim foi construído, em 1961. Entre 1966 e 1969 foi ministro dos Negócios Estrangeiros e em 1969 foi chanceler da República Federal da Alemanha. Introduziu a chamada Ostpolitik, tentando a reconciliação entre a Europa Ocidental e a Europa de Leste. Em 1971 foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz. Em 1974 viu-se obrigado a demitir-se do cargo em consequência de um caso de espionagem. Entre 1976 e 1992 foi presidente da Internacional Socialista.
© 2004 Porto Editora, Lda.

FDS - Líderes do Século XX - XXVII - Dubceck

Alexander Dubcek

Político checoslovaco, nascido em 1921 e falecido em 1992, foi primeiro-secretário do Partido Comunista da Checoslováquia em 1968-1969, mas a sua política de liberalização (a chamada Primavera de Praga) levou à invasão e ocupação do país pelas forças do Pacto de Varsóvia em Agosto de 1968, e ao seu afastamento do poder. Depois da queda do regime comunista (Dezembro de 1989), foi eleito para a Assembleia Nacional de Praga.
Em 1989, o Parlamento Europeu homenageou Alexander Dubcek com o Prémio Sakharov, salientando o seu papel como um dos iniciadores da renovação do antigo bloco comunista e figura principal do movimento da reforma Primavera de Praga.
© 2004 Porto Editora, Lda.

domingo, outubro 15, 2006

Bons Exemplos - Banco das Aldeias


Nobel da Paz para Muhammad Yunus e Graneen Bank

Yunus, 66 anos, professor universitário de Economia, tem promovido o recurso ao microcrédito no Bangladesh, de forma a auxiliar mulheres pobres a melhorar de vida. O agora galardoado começou nos anos 70 um projecto de ajuda aos mais pobres. Durante um período de fome que o país atravessava, Yunus decidiu emprestar do seu próprio bolso 27 dólares a 42 pessoas da cidade de Jobra, no Bangladesh, para que estas pudessem avançar com pequenos negócios.

À, cerca de 25 anos, um empresário da Amadora (meu ex-patrão e com ideias muito fascistas), “Retornado” de Angola, falando de “barriga cheia” com os empréstimos do “IARN” a fundo perdido, costumava afirmar: “Os pobres só têm uma maneira de deixar de o ser que é tornarem-se ricos”.
É evidente que esta afirmação nem merece comentários, mas este galardoado com o prémio Nobel da Paz parece ter o mérito de conseguir, sem caridade, que alguns pobres consigam melhorar a sua condição social.
Bom Exemplo!

sexta-feira, outubro 13, 2006

FDS - Líderes do Século XX - XXVI - MLK

Martin Luther King

Martin Luther King Junior (15 de Janeiro de 1929, Atlanta, Georgia – 4 de Abril de 1968, Memphis, Tennessee) foi pastor eclesiástico e activista político. Pertencente à Igreja Batista, tornou-se um dos mais importantes líderes do activismo pelos direitos civis (para negros e mulheres, principalmente) nos Estados Unidos e no mundo, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1964, pouco antes do seu assassinato. O seu discurso mais famoso e lembrado é "I Have A Dream (Eu Tenho Um Sonho)".
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

FDS - Líderes do Século XX - XXV - JFK

John Fitzgerald Kennedy

Presidente dos Estados Unidos da América (1961/1963), nasceu a 29 de Maio de 1917 em Brookline, Massachusetts e morreu a 22 de Novembro de 1963 em Dallas. Foi o 35.º presidente eleito dos Estados Unidos, tendo sido também o primeiro a pertencer à Igreja Católica.
Era um presidente imensamente popular na América e no estrangeiro. Enquanto visitava o Estado do Texas, na cidade de Dallas, fazendo-se transportar numa limousine descapotável, Kennedy foi subitamente atingido por um tiro assassino na Praça Dealey, disparado a 22 de Novembro de 1963 por Lee Harvey Oswald (1939/1963). À volta do assassinato do presidente surgiram muitas teorias que foram investigadas por uma comissão especial liderada pelo chefe da Justiça americana Earl Warren. Na altura, os investigadores determinaram que Oswald teria actuado isoladamente, mas mais tarde foi ventilada a hipótese de o assassinato ter resultado de uma conspiração.
© 2004 Porto Editora, Lda.
Coincidências entre Kennedy e Lincoln
Não foram apenas os únicos presidentes americanos a serem assassinados enquanto exerciam os seus mandatos; uma sucessão de semelhanças entre as trajectórias de ambos chama a atenção por ultrapassar os limites da mera coincidência:
John Kennedy foi eleito para o Congresso norte-americano em 1946. Lincoln, em 1846;
Kennedy foi eleito presidente em 1960. Lincoln, em 1860;
A secretária de Kennedy tinha o sobrenome Lincoln, e vice-versa;
As secretárias de Kennedy e Lincoln tiveram pressentimentos das mortes de seus chefes;
Ambos os sucessores tinham o sobrenome Johnson. Andrew, que sucedera a Lincoln, nasceu em 1808. Lyndon, que ocupou o cargo com a morte de Kennedy, nascera em 1908;
Ambos os assassinos eram racistas declarados e foram mortos antes de seus julgamentos;
John Wilkes Booth, que matou Lincoln, nasceu em 1839. Lee Harvey Oswald, algoz de Kennedy, em 1939;
Booth atirou contra Lincoln num teatro e foi detido num depósito. Oswald disparou contra Kennedy num depósito – e foi detido num teatro.
Ambos os sobrenomes têm sete letras.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quinta-feira, outubro 12, 2006

SINAIS - XV - Descontentamento

Entre 80 e 100 mil trabalhadores afectos à CGTP concentraram-se esta tarde junto à Assembleia da República, para exigir ao Governo novas políticas económicas e sociais.
É verdade que são necessárias reformas no país, para vingarmos no cenário económico internacional e o governo quer efectivá-las e depressa. É verdade que muitos estão de acordo com as reformas, desde que, só aplicadas aos outros. Mas também não é menos verdade que fica, pela enésima vez, a sensação de que continuam a ser os mesmos a pagar a crise e neste caso as reformas.
PS: Eu nunca fui a uma peregrinação a Fátima, mas assisti hoje a parte do desfile dos manifestantes e não posso dizer que fiquei indiferente à realidade social patenteada por aquela “massa humana” de cerca de 80 mil pessoas.

Ironias - LXXXV -Tendências

Os criadores portugueses começam hoje a apresentar as novas colecções de roupa para a Primavera/Verão 2007 na 27a edição da Moda Lisboa. O evento irá decorrer sob o tema “Energy” porque se espera muita energia criativa, mas também numa associação directa ao local do evento, o Museu da Electricidade. Dino Alves, o estilista escolhido para o desfile de abertura, promete transformar os manequins em deuses, apresentando uma colecção intitulada “Oh My God!”.

Deuses ou Híbridos?

Violência Infantil

A brincar, a brincar...
Diversão dá lugar a ofensas verbais e agressividade.

As crianças estão a ficar mais agressivas. Um estudo, divulgado pela Duracell, revela que 68 por cento dos inquiridos, numa amostra de 1 036 indivíduos, acreditam que os mais pequenos têm comportamentos violentos. Gritos, objectos partidos e ofensas verbais são reacções frequentes. O comportamento dos pais está, muitas vezes, na origem destas atitudes.

Estaremos a criar Monstrinhos?

Uma boa reportagem do jornal Metro.

Miséria Masculina - II

Uma mulher morta pelo marido em cada 15dias.

De Janeiro de 2005 a Maio de 2006, a PJ registou 45 homicídios de mulheres às mãos dos cônjuges, 16 deles com armas de fogo e 10 com armas brancas. PJ diz que «Governo, ONG e outras forças policiais têm de prevenir a criminalidade contra as mulheres».
Destak, Quinta-feira, 12 Outubro de 2006
Mais miséria masculina!

terça-feira, outubro 10, 2006

Ironias - LXXXIV - O Colecionador

Coronel do Exército detido nos Açores.
Detenção por suspeita de posse ilegal de armas.

Se as PJ's continuam a trabalhar bem e a este ritmo, o país corre o risco de ficar sem chefias militares, a curto prazo.

Ironias - LXXXIII - "Ouvir a Rua"

Manuel Alegre critica medidas do Governo e diz que é preciso “ouvir a rua”.

O governo “ouvir a rua”? Para quê?
Só se for aprender múltiplos dialectos, sons de tiroteios e sirenes da polícia!
Pelo menos na “rua” dos maiores centros urbanos portugueses.

Cenas de um Equívoco com 800 e tal anos (também conhecido como Portugal) - XVII - Nepotismo

2378 Diário da República – II Série N.º 35 – 17 de Fevereiro de 2006


Nepotismo (do latim nepos, neto ou descendente) é o termo utilizado para designar o favorecimento de parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos.

Originalmente a palavra aplicava-se exclusivamente ao âmbito das relações do papa com seus parentes, mas actualmente é utilizado como sinónimo da concessão de privilégios ou cargos a parentes no funcionalismo público. Distingue-se do favoritismo simples, que não implica relações familiares com o favorecido.

Nepotismo ocorre assim, quando, por exemplo, um funcionário é promovido por ter relações de parentesco com aquele que o promove, havendo pessoas mais qualificadas e mais merecedoras da promoção. Alguns biólogos sustentam que o nepotismo pode ser instintivo, uma maneira de selecção familiar.

Um grande nepotista foi Napoleão Bonaparte. Em 1809, 3 de seus irmãos eram reis de países ocupados por seu exército.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Nepotismo (substantivo masculino)

1. HISTÓRIA - posição de relevo, no campo honorífico ou administrativo, dada por alguns papas a pessoas da própria família;

2. Preferência dada por alguém que tem poder a familiares ou amigos, independentemente do seu mérito pessoal; favoritismo;

(Do lat. nepóte-, «sobrinho» +-ismo, ou do it. nipotismo, «nepotismo»)
© 2004 Porto Editora, Lda.

segunda-feira, outubro 09, 2006

A Guerra Nunca Acaba - VIII - Nuclear

Pyongyang realizou teste nuclear.
Conselho de Segurança promete "resposta firme e rápida" à Coreia do Norte.

Quando no dia 9 de Novembro de 1989, o Muro de Berlim caiu e acabou com a divisão do mundo em dois blocos, marcando o fim da Guerra-fria, muitos vaticinaram um mundo fora de perigo da guerra nuclear, finalmente.

domingo, outubro 08, 2006

Miséria Mundial - democracia Russa

Jornalista russa Anna Politkovskaia encontrada assassinada em Moscovo

A jornalista russa Anna Politkovskaia, conhecida pela sua cobertura muito crítica à guerra na Tchetchénia, foi encontrada hoje assassinada em Moscovo.Nos seus artigos no “Novaia Gazeta”, a jornalista denunciava a situação explosiva no Cáucaso russo, apesar das garantias de normalização apresentadas pelo Presidente Vladimir Putin.
Palavras para quê? É uma democracia Russa!

sexta-feira, outubro 06, 2006

Casos de Sucesso Nacionais - LVIII - Mário Crespo

Mário Crespo, um jornalista de Excelência!

Sempre que o tempo me permite, não perco o seu Jornal das 9!

Bons Exemplos - REFER

Refer rescinde contrato com consórcio responsável pela reabilitação do Túnel do Rossio
A Refer - Rede Ferroviária Nacional anunciou hoje que voltou a rescindir o contrato com o consórcio Teixeira Duarte/Epos para a reabilitação do Túnel do Rossio, devido à ausência “de fiabilidade do cumprimento do prazo objectivo” pelo responsável pela obra.

Isto sim. Um bom exemplo de que as propostas não servem só para ganhar concursos, mas que os contratos consequentes são para se cumprir, sem “luvas” nem “negócios ocultos”.
É bem tempo de, neste país, se aprender que obrigações (neste caso, contratuais) são para se cumprir, caso contrário indemnizam-se os prejudicados.
Parabéns aos administradores da REFER. Isto sim é interesse público!

quinta-feira, outubro 05, 2006

Res publica

Res publica é uma frase latina, composta de res + publica, significando literalmente a "coisa do povo".
O termo normalmente se refere a uma coisa que não é considerada propriedade privada, mas a qual é em vez disso mantida em conjunto por muitas pessoas.
Etimologia - A palavra pública é o feminino singular do adjectivo de 1ª e 2ª declinação publicus, publica, publicum, que é por sua vez derivado de uma forma mais antiga, poplicus—"relacionada a populus [povo]".

Os romanos com frequência escreviam as duas palavras como se fossem uma, respublica e declinavam ambas as palavras.

Res publica é ainda mais simplificada na sociedade moderna para república – um estado que é governado na ausência de uma monarquia por um conjunto de pessoas, com frequência eleitos por um sistema democrático, para governar e aprovar legislações.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Efemérides - IV - A República


O movimento revolucionário de 5 de Outubro de 1910 deu-se como consequência da acção doutrinária e política que, desde a criação do Partido Republicano, em 1876, vinha sendo desenvolvida. Aumentando contraposição entre a República e a Monarquia, a propaganda republicana fora sabendo tirar partido de alguns factos históricos de repercussão popular: as comemorações do centenário da morte de Camões, em 1880, e o Ultimatum inglês, em 1890, foram aproveitados pelos defensores das doutrinas republicanas que se identificaram com os sentimentos nacionais e aspirações populares.

Elias Garcia, Manuel Arriaga, Magalhães Lima, tal com o operário Agostinho da Silva, foram personagens importantes dos comícios de propaganda republicana, em 1880.

Durante o breve reinado de D. Manuel II — que ascendeu ao trono logo após o atentado a D. Carlos, donde resultou também a morte do seu filho herdeiro Luís Filipe, Duque de Bragança —, o movimento republicano acentuou-se, chegando mesmo a ridicularizar a monarquia. A 3 de Outubro de 1910 estalou a revolta republicana que já se avizinhava no contexto da instabilidade política. Embora muitos envolvidos se tenham esquivado à participação — chegando mesmo a parecer que a revolta tinha falhado — foi também graças à incapacidade de resposta do Governo em reunir tropas que dominassem os cerca de duzentos revolucionários que resistiam de armas na mão. Comandava as forças monárquicas, em Lisboa, o General Manuel Rafael Gorjão Henriques, que se viu impotente para impedir a progressão das forças comandadas por Machado dos Santos. Com a adesão de alguns navios de guerra, o Governo rendia-se, os republicanos proclamavam a República, e D. Manuel II era exilado.

terça-feira, outubro 03, 2006

Ironias - LXXXII - A Luta Continua

Governo italiano reduz salários dos ministros

O Orçamento geral do Estado italiano para 2007, apresentado hoje na Câmara dos Deputados, prevê uma redução de 30 por cento do salário do primeiro-ministro, dos ministros e subsecretários, como medida para aumentar as receitas nos cofres públicos.

Presidente do sindicato de ministros, secretários e sub-secretários de estado, directores-gerais e afins, anunciou marcação de greve seguida de grandes manifestações por toda a Itália, em breve.

Ironias - LXXXI - Na (falta de) qualidade de...


Este documento já circulou na net e penso até que após ter sido alvo de notícia em telejornais, foi rectificado para “Na qualidade de representante do falecido”.
De qualquer das formas é um sintoma de como algumas pessoas tratam (com pouco cuidado) assuntos delicados.

E-mail enviado por José C.

segunda-feira, outubro 02, 2006

FDS - Líderes do Século XX - XXIV - Hassan II

Hassan II

Rei de Marrocos nascido em 1929, em Rabat. Após cursar Direito em Bordéus, foi nomeado comandante das Forças Armadas marroquinas em 1955. Subiu ao trono em 1961, por morte do seu pai, Muhammad V, e tentou democratizar o sistema político marroquino pela introdução de uma nova Constituição (1962). Entre 1965 e 1970 exerceu um poder autoritário como forma de travar o crescimento da oposição ao seu regime, mas a partir de então retomou as reformas democráticas. Em 1975 anexou o território do Sara Ocidental. Foi um dos estadistas mais influentes de África, para o que contribuíram as boas relações que manteve, até à sua morte em 1999, com o Ocidente.
© 2004 Porto Editora, Lda.

FDS - Líderes do Século XX - XXIII - Senghor

Léopold Sédar Senghor

Político e escritor senegalês de reputação internacional, Senghor nasceu em 1906 e morreu em 2001. Em 1928 foi estudar para Paris. Frequentou a Sorbonne entre 1935 e 1939, tornando-se o primeiro africano a completar uma licenciatura nesta universidade parisiense.
Como escritor, desenvolveu o movimento literário conhecido por Negritude, exaltando a identidade negra e lamentando o impacto negativo que a cultura europeia teve junto das tradições africanas. De entre as suas obras, merecem realce Chants d'ombre (1945), Hosties noires (1948), Éthiopiques (1956), Nocturnes (1961) e Élégies majeures (1979).
Durante a Segunda Guerra Mundial esteve preso dois anos num campo de concentração nazi e só mais tarde veria os seus ensaios e poemas publicados.
Entre 1948 e 1958 foi deputado senegalês na Assembleia Nacional francesa. Quando o Senegal foi proclamado independente, em 1960, Senghor foi eleito por unanimidade presidente da nova República, vindo a desempenhar o cargo até ao final de 1980, graças a reeleições sucessivas. Defensor do socialismo aplicado à realidade africana, tentou desenvolver a agricultura, combater a corrupção e manter uma política de cooperação com a França.
© 2004 Porto Editora, Lda.

domingo, outubro 01, 2006

FDS - Líderes do Século XX - XXII - Fidel "Jurássico"

Fidel Castro

Revolucionário cubano e líder de Cuba desde 1959, Castro nasceu perto de Birán, Cuba, a 13 de Agosto de 1926 ou 1927.
Formou-se em Direito na Universidade de Havana. Por essa altura terá travado conhecimento com os ideais marxistas, embora não se tenha tornado militante comunista antes dos anos 50. Em 1947, Fidel Castro filiou-se no Partido Popular Cubano (ortodoxo) e em 1952 foi candidato nas eleições que o então presidente Fulgencio Batista cancelou. Castro começou a preparar a revolução em 1953. Depois de ter estado preso, em 1955, foi para o México liderar uma organização denominada Movimento de 26 de Julho.
Em 1956, Fidel Castro e um grupo de correligionários, onde se incluía Ernesto (Che) Guevara, formaram uma guerrilha com o objectivo de derrubar o regime de Batista. Após o declínio da política interna e sucessivas derrotas militares, Batista abandonou o país a 31 de Dezembro de 1958. Fidel Castro tornou-se o chefe das Forças Armadas e em Fevereiro de 1959 ocupou o lugar de primeiro-ministro, chefe do Governo e secretário-geral do Partido Comunista de Cuba, a única força partidária legal no país, segundo a Constituição de 1976.
A sua política interna e externa é controversa. Ganhou o apoio de muitos mas também a revolta e o exílio de centenas de cubanos. O seu governo promoveu a educação, redistribuiu a riqueza, os rendimentos, e deu facilidades de acesso à saúde. Os serviços educativos e de saúde são gratuitos. A todos os cidadãos é garantido emprego, mas todos são obrigados a trabalhar. Contudo, esta situação de aparente equilíbrio não tem sido suficiente para dar resposta a muitas das necessidades da população, que se vê cada vez mais pobre à medida que as infra-estruturas do país se vão degradando. O governo de Castro estabeleceu uma política autoritária através de um regime de partido único: não se realizam eleições desde 1976 e todos os órgãos de comunicação social são controlados pelo Governo. A partir dos anos 80 e da Perestroika, a União Soviética, tradicional aliada do governo castrista, começou a praticar políticas não comunistas, mas Castro continua irredutível e fiel à disciplina do comunismo.
© 2004 Porto Editora, Lda.