segunda-feira, maio 29, 2017

A MÁQUINA DO TEMPO!


Pessoas que falam em português inventam “Máquina do Tempo”!

Não sei como nem quando, mas suspeito que já há quem tenha descoberto a “Máquina do Tempo”. Qual a razão desta minha dúvida? O discurso que ouço todos os dias, proferido por muitas pessoas, desde o mais anónimo cidadão, até figuras proeminentes e mediáticas, conhecidas pela maioria das pessoas. Mas a principal razão que me leva a suspeitar que existe uma “Máquina do Tempo”, prende-se com a frase que ouço amiúde, “Há X anos atrás!”. Tem sido vulgar ouvir variadíssimas pessoas, nos seus discursos, empregar a frase: “Há 30 anos atrás eu era mais novo/a”; “Há 10 anos atrás, passei férias no Burquina Faso”; etc. Ora, consultando a Infopédia – Dicionários Porto Editora:
haver   
ha.verɐˈver       
conjugação      
verbo transitivo
1.            ter; possuir
2.            obter; conseguir
3.            considerar; julgar
4.            sentir
5.            reaver
6.            [uso impessoal] existir
7.            [uso impessoal] acontecer; passar-se; decorrer
8.            [uso impessoal] ter decorrido (período de tempo)
Do latim habēre, «ter; haver»

Assim, sempre que se empregam os termos “há” e “atrás” na mesma frase, incorre-se na figura de estilo literário “Pleonasmo”, o que pelo mesmo dicionário, significa:
pleonasmo
ple.o.nas.mopljuˈnaʒmu
nome masculino
1.            recurso estilístico que consiste em usar intencionalmente palavras e expressões repetitivas e redundantes para tornar uma ideia mais expressiva (ex.: hemorragia de sangue, etc.)
2.            ato de exprimir por muitas palavras o que pode ser dito em poucas; circunlóquio
3.            o que é supérfluo, desnecessário
Do grego pleonasmós, «superabundância», pelo latim pleonasmu-, «pleonasmo»

Logo, concluo que quem utiliza a dita expressão “Há anos atrás”, não o faz por ser supérfluo ou desnecessário, mas sim por ser um dos seres terrestres que possui uma Máquina e consegue viajar no Tempo, transportando-se, ora para “Anos Há Frente”, ora para “Anos Atrás”. Afinal a humanidade está mais desenvolvida do eu pensava, pelo menos a humanidade que utiliza a língua portuguesa!



quinta-feira, fevereiro 07, 2013

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

BANDIDOS

Esta fotografia, foi a única prova, que serviu para processar e punir com 5 dias de detenção, estes militares, sob a acusação de "pôr em causa a coesão e a disciplina das forças armadas", "por participar em manifestação de militares no Rossio". Isto foi em novembro de 2006 e estes militares, apesar do castigo que cumpriram, têm vindo a ser ultrapassados na promoção, isto é, continuam a "carregar a cruz". Um deles até já perguntou à chefia, até que geração terá o seu castigo de ser cumprido.
Assim vai a vida neste belo equívoco com quase 900 anos de idade.
Não são Isaltinos e outros "Bons Rapazes" que fazem mal a Portugal! São facínoras como os que estão na foto, o verdadeiro e ameaçador perigo para a segurança nacional!
Bandidos!
Nota: Procura-se autor da foto. Dizem que foi o SIS!

quarta-feira, agosto 10, 2011

OS FILHOS



Violência, pilhagem, desemprego, crise...: filhos da mesma política desastrosa.
Sem ter feito nenhum estudo sociológico, nem investigação socio-politico-económica, não sei se o palavrão existe mas fica a ideia expressa, somente com base na minha fraca memória, recordo quando há uns anos começámos a constatar a degradação do nosso ensino e mesmo da desistência da instrução ter discutido com um bom amigo e camarada de mil lutas sobre as consequências que se podiam adivinhar num futuro não muito longínquo.
Sugiro aos que viveram o fascismo e a Revolução de Abril, 19 meses de democracia participava pura, que leiam o que o ensinam aos vossos filhos e netos sobre estes períodos. Juntem isso com o facto de uma em cada três crianças terminam o ensino primário sem saberem ler, nem escrever, nem contar, nem usar as operações aritméticas básicas.
Depois um ensino secundário que percorrem sem terem de saber a sua língua para progredir até quase ao ensino superior (veja-se como muitos dos nossos universitários escrevem, a aberração dos testes de resposta múltipla mesmo nesse nível de ensino superior: não resisto a recordar o recente caso dos magistrados que «alegadamente» copiaram num teste deste tipo).
Um ensino secundário em que as disciplinas são ministradas isoladamente, desintegradas, como se cada área fosse isolada e nada tivesse a ver umas com as outras. E a amêndoa amarga no topo desta salada de frutas chocas: a Filosofia não é obrigatória nem para os candidatos a esta área no ensino superior: como se aprender a pensar e a debater cada um dos problemas e todos os problemas não fosse necessário para o desenvolvimento de cada um de nós e, por conseguinte, da sociedade e do País. Que medo têm os mentores deste ensino da Filosofia? Será da Algoritmia, do aprender a pensar?
Para agravar, nas últimas décadas temos assistido a um «apagão» da história, de modo a descontinuar os saberes e as experiências sociais e civilizacionais dos povos; o que no nosso canto do planeta se acentuou na última década com o ataque às instituições e profissões de referência na nossa sociedade: Tribunais; Forças de Segurança e seus agentes, Escola e respectivos professores; Forças Armadas e os militares; Os valores da disciplina; da autoridade; da honestidade, da solidariedade; do altruísmo; do patriotismo, bem como as suas referências têm sido anulados.
Assistimos à desconstrução das seculares sociedades, e a sua substituição por outras descontinuadas, com valores degradados, sem referências sãs. A disciplina foi substituída pelo desleixo do “deixa andar”, a autoridade pelo desrespeito familiar e social, a honestidade pelo «salve-se quem puder» e «o importante é ser rico, não interessa como», a solidariedade e o altruísmo pelo individualismo e egoísmo mais cruéis, o patriotismo como uma velharia sem sentido num mundo global.
Ao jovem, como referência comportamental e de inspiração, em vez de um cidadão marcante na história da humanidade (que deixaram de estudar...), é dado um qualquer jovem futebolista milionário ou o chefe do grupo de malfeitorias do bairro.
Tudo isto para formar seres ignorantes, mas convencidos do contrário, que não conseguem raciocinar e estabelecer as ligações entre a precariedade que lhes é imposta, com o voto que lhes é pedido a seguir. Jovens que entram no mercado de trabalho, capazes de algumas execuções parcamente especializadas, mas incapazes entenderem um discurso político que lhes rouba o futuro, votando mesmo nele, colocando a cabeça do cepo e tornando-se cúmplice do seu aniquilamento social e cultural.
E o que tem isto a ver com a violência em Paris, Atenas, Oslo, Londres... e sempre nos EUA? Não sei bem, mas ao ver as imagens de bairros ingleses a arder, recordei as políticas da «dama de ferro», a ex-primeira-ministraTatcher, e fiz esta associação. Que me desculpem os especialistas de sociologia, pedagogia e outras disciplinas afins se acharem que andei a lavrar em terrenos alheios e “se o sapateiro ousou ir além da sua chinela”, mas tive de partilhar convosco estas notas.
Domingos David’ Pereira – Benavente, 10 Agosto de 2011

segunda-feira, junho 27, 2011

O MÁIOR, CARAGO!



O FC Porto pode até, ganhar tudo todos os anos, mas de facto, como se pode comprovar pela adesão popular, o "Máior" é o Glorioso, "Carago"!